quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Livres Para Voar... Minhas Divagações no Rio de Janeiro

Mais um passeio pela cidade maravilhosa e mais um parque para me deliciar com a flora e fauna nativa... Entre o verde da Mata Atlântica e hotéis, casas e avenidas, encontrei-me com espécies de tico-tico, canário da terra, coleiro, sabiás e tantos outros passarinhos... O calor explodindo em ardor de 43 graus em um verão que já se inicia quente; me encantei com as trilhas que me levariam inevitavelmente ao morro 2 Irmãos.

A liberdade tem seu preço. E acredite, para estes pequenos pássaros custa bem caro - No Brasil há uma lei que proíbe e condena quem caça ou mantem em cativeiro animais silvestres. Isso é crime previsto no código de Lei Ambiental (Lei 9.0605/98). - Embora estivesse em um Parque bem localizado e estruturado, vi que ainda há muito a se fazer em prol da natureza, aqui no Rio de Janeiro. Não encontrei bebedouros ou fontes para pássaros e os poucos nichos (?) de água estavam sujos e insalubres, talvez pela ausência de chuva, talvez pela falta de apoio do homem em direcionar seus esforços em criar pequenos bebedouros para os animais, no parque.... Mas, encontrei trilhas limpas, via para carros muito bem cuidada, totens com informação turística em vários setores, incluindo direcionamento para visitantes. Vi apenas um sanitário que infelizmente estava fechado... Horta orgânica: seca. Funcionários e seguranças bem treinados e educados.

Me senti liberta em vários momentos durante a minha caminhada no Parque 2 Irmãos. Enquanto caminhava me perdi em divagações sobre a liberdade de existir e no cativeiro que criamos em torno de situações, muitas vezes cotidianas... Como por exemplo. Ficamos presos a nossa rotina do dia-a-dia e muitas vezes deixamos de visitar, conhecer, alimentar-nos de emoção e recuperar em nós as asas que nos aproxima de Deus. Estar em contato com a natureza, inevitavelmente nos transporta a isso - Estar com Deus.

Aproveitei para iniciar meus votos para 2013. Meditar sobre meus propósitos e projetos para o ano vindouro e reconhecer em mim, todos os erros e acertos que vou deixar ficar neste ano e alguns talvez tentar mudar, consertar e quem sabe melhorar-me um pouco mais. Abracei de forma demorada e sonhadora algumas idéias.... Idealizar é como reconhecer logradouros dentro de si. Encontrar espaços que ligam você a um sentimento ou a uma nova ideia, um novo existir... E eu idealizei muita coisa boa e bonita para o ano que se aproxima...

A fome bateu forte e decidi descer a trilha e almoçar no Mirante do Leblon. - Assim, entre pensamentos, vertigens, suspiros para o mar sem fim, piscadinhas para alguns passarinhos, me vi livre para voar para braços seguros, para pousar em liberdade no coração de quem amo e reduzindo aos poucos as minhas chances de sobreviver em um mundo de tanta desarmonia e descrença...

No caminho de meus pensamentos e sensações, os passarinhos fizeram a ponte e o parque me emprestou a trilha, só isso. 

Caminhando... Passo a passo, chegarei lá.

Beijos de verão
Cau






quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Rio de Janeiro - Uma cidade que nos desperta para viver, meditar e curar-se a si mesmo.

Sou uma pessoa do tipo "a flor da pele"... Gosto dessas sensações que o mundo, as pessoas, a vida me provoca... Não me privo disto. Sei que muito do que escrevo ou faço é, muitas vezes, reflexo dessas impressões que me invadem a alma e faz de mim o que sou. - É estranho saber o que este universo que respiro e sinto provoca nas pessoas e que de alguma forma ao ler o que escrevo elas poderão sentir-se assim, é estranho e maravilhoso ao mesmo tempo acreditar que tantas emoções podem estar no nosso redor... Como uma cidade que nos desperta para viver, meditar e curar-se a si mesmo.

O Rio de Janeiro me provoca isso. E como não poderia ser diferente, ao acordar e ver pela janela do quarto o Cristo de braços abertos, a brisa fresca numa manhã de sol a trazer-me ares da mata e pássaros de todas as espécies a cantarem para mim num passeio ao final de tarde; como não ser "todos sentimentos num único corpo e mente" numa caminhada noturna na orla da praia da Barra...

Não consigo imaginar uma pessoa tendo problemas de depressão numa cidade como esta... É maravilhoso! Simplesmente ver o mar, ou caminhar pelas alamedas, sentir a brisa quente e úmida vinda da praia, ou em casas mais modestas, mas ricas de valores e íntegras de respeito e afeição ao próximo, degustar um refresco na lage e olhar o que o horizonte descortina.

O Rio de Janeiro, assim como qualquer cidade tem suas características, suas belezas... Cabe a nós termos a sensibilidade de "a flor da pele" irmos nos curando de nossas dores, de nossos medos, de nossos pessimismos... Nos libertando destas inexplicáveis armadilhas que nos fazem zumbis. Nestes dias de ar fresco e sol quente, venho meditando sobre isso... Sobre o poder da vontade diante da ganância do mundo e das pessoas em quererem ter mais do que ser mais... E ser mais é tão lindo e mágico como um sopro divino.

Visitei casas modestas aqui. E conheci o paraíso da humanidade diante do outro ser.... Explico. Passei o natal na comunidade da rocinha. E entre comidas gostosas, afagos generosos, brincadeiras divertidas que nos levaram a muitas gargalhadas e fotos engraçadas, vivenciei algo que gostaria de compartilhar com todos:  Vivenciei o milagre do amor ao próximo em sua essência, sem egoísmo, sem luxos, sem determinar se esta ou aquela atenção deve ou não ser privilegiada... Compartilhar uma ceia de natal em família e entre amigos e reverenciar o mistério da natividade é um momento privilegiado para todos cristãos, mas para mim, neste natal o significado foi outro. Foi de voltar a ver a vida de maneira simples. De viver a benção dos dias na alegria de ver no outro a sua própria felicidade... Eu vi e senti isso na noite de natal e também ao conhecer outras pessoas nesta comunidade, interagir com elas, ouvindo suas histórias, suas pequenas e grandes conquistas e acima de tudo o amor incondicional a suas origens e ao seu mundo, que humilde e simples é o paraíso de toda a humanidade.

Ah! Se todos os povos abrissem suas casas como um morador da rocinha abre para seus visitantes... com o coração aberto, alegre e feliz pela visita... Como seria a humanidade se todos se sentissem verdadeiramente satisfeitos com suas vidas e com suas conquistas, se, por um único momento, pudessem acender suas luzes e dizer... Nasci para o mundo de forma simples e é de forma simples que quero morar.

O Rio de Janeiro continua lindo em janeiro, fevereiro e março... Continua, porque é grande demais para receber, mineiros como eu, nordestinos, gringos e estrelas de cinema... Continua lindo com suas praias famosas e recantos que só os moradores conhecem... Lindo pela sua característica única de ter e saber viver a vida com simplicidade... Entre as ondas do mar, o verde das serras, o tom escuro das montanhas abriga, abraça,cura e ama as pessoas com o amor incondicional do Cristo Redentor.

Bom verão a todos.

26/12/2012
Por Cau Oliveira, verão carioca 










segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

E Se o Mundo Acabar no dia 21/12...

Não acredito que você acredita nessa esparrela!!!
O mundo não vai acabar não!!!

O chão não vai se abrir e nenhum gás tóxico irá nos sufocar, nenhum cometa irá riscar o céu e nos bombardear, nenhum asteroide, satélite, lixo cósmico ou ET irão despencar do alto feito uma rajada de mísseis sobre nossas casas e cabeças... 

Sabe o que eu acho disso tudo?

Acho que os Maias eram incrivelmente inteligentes para saberem que mil anos depois, "nós", os tolos do século vinte um, iríamos cair nesse conto do vigário. - Tá legal que o Nostradamus era um cara inteligente e meio pirado, mas os Maias foram além das profecias, eles eram mestres da malandragem! - Eles construíram um calendário incompleto para a gente aqui, ao final dele, termos que definir se acaba o mundo, acaba o calendário ou acaba a nossa paciência diante de tanta bobagem.

E não vai me dizer que não é uma grande sacanagem se o mundo acabar dia 21/12 e você não ter tido tempo de fazer tudo que sempre sonhou, conhecer os lugares que sempre quis, jogar na cara daquele vizinho chato que ele é um mané, rezar pelo menos uma vez pedindo perdão pelos seus pecados, pecar de novo, desejar a mulher (ou o homem) do próximo, e de quebra ter ganhado na loteria esportiva!!!

Pra mim, a maior das sacanagens dos Maias é saber que eles não conheciam o futebol e ainda assim nos sacanearam com essa história de final do mundo... Ah! Se conhecessem, teriam inventado uma tabela, um jeito de manipular o esporte de tal forma que o nosso time de futebol sempre ganhasse... Seria a chance que faltava para ver meu time chegando a uma final e GANHANDO.

Bom, pessoal, se o mundo acabar, nos encontraremos na fila para a entrada na casa de São Pedro, se por acaso formos barrados, talvez tenhamos alguma chance de conhecer um marciano e irmos de mala e cuia para Marte... Se bem que no céu não tem como levar malas e nem mesmo cuias....rss

Inté pessoal.

domingo, 16 de dezembro de 2012

Pensamentos de Vaga Solidão...


" Não tenho o todo de seu tudo... escapa-me.
Mas acredito piamente que neste escapar, vai um bocado de mim em ti também"

"É tão imperfeito o meu amor... tão singelo e imperfeito que me faz feliz assim, sem grandes alardes, sem grandes exaltares, sem grandes rubores... me faz permanecer extática e imóvel sentir o frescor da brisa que arranca de mim, feito flor, todo aroma de uma primeira florada"

"... e então a chuva cai lá fora, cai como quem anuncia novos ares, novos rumos... uma pomba se esconde por entre os galhos da pitangueira e apruma-se, arvora-se, empluma-se... ela sabe que a chuva brinca com a alma de passarinho dela... ela sabe que é tempo de regozijar."

"Gosto quando fazemos planos... Quando ousa e me olha nos olhos e suave me beija... Tudo em você me conquista e me deixa languida, escorrida feito mel que escapa pelos cantos da boca"



Linda noite mes amis...

Créditos da imagem: http://www.garancedore.fr/

domingo, 9 de dezembro de 2012

A Maçã e o Medo de se Expor...


Tenho tentado ser mais discreta. Se é que posso ser assim mantendo minha essência, minha personalidade e minhas convicções. Aos quarenta e alguns anos, a gente já cria uma certa identidade com o mundo, as pessoas já conhecem você pelas suas regras, seus valores, brincadeiras e porque não, também pelas suas manias e seu pior lado... E eu sei que nem sempre as pessoas entendem seus medos, suas paixões e seus defeitos... Ainda assim, venho tentando encontrar-me diante dos novos caminhos e sonhos que hoje busco para mim.

Deve ser natural este medo e esta insegurança. Tem tanta inveja no mundo! Mas também deve ser natural morder a maçã e se deliciar com ela... Morder feito comercial de tevê que mostra um mundo deliciosamente novo e de fantástico sabor... Se é bom, porque o medo? Não sei dizer... Nada temos a perder ao expor nossas emoções, talvez, tenhamos mais a lucrar, porque a vida de alguma maneira conduz a gente a cada momento especial, a cada fase de nossa história... O destino tem essa peculiaridade, este dom - Ele reprime, interage, conecta e traduz as emoções e sentimentos com tanta força, com tamanha energia, que todo nosso universo fica de pernas para o ar, nosso coração aos saltos e nossa razão repleta desta sensação de descontrole.

Não me expor, conscientemente, laconicamente, me sinto sufocada, em busca de um alívio para este meu tempo presente, um sabor para minha maçã... Deveria ser natural, como é natural apaixonar-se. Amar o outro, aceitá-lo e ir juntos além de seus mundos, de seus sonhos abandonados e reprimidos pelo medo... Compartilhar o olhar sobre o que ficou para trás e também o que se descortina a frente. 

... me lembrei de Leo, que em tão pouco tempo, conheceu o amor de sua vida, reconheceu-se nele e com ele  foi morar... O amor que não se explica encontrou-se com a ausência de medo de ambas as partes e o que pode parecer absurdo para as famílias, amigos e conhecidos, é na verdade o início de uma linda história de amor... Eles morderam a maçã deles, e ela é incrivelmente doce.

Beijos da Cau

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Na Corda Bamba do Sentimento...

Equilibrar-se. Ah! Como se pudéssemos ser equilibristas em nossa monótona diretriz dos dias... 

Caminhar em uma corda bamba dos sentimentos e sensações que nos torna fortes e frágeis; meninos e senhores de nosso destino...

Equilibrar-se. Como pode ser tão comum isso, sendo assim tão complicado de expressar? 

Toda nossa existência se baseia em sentimentos e sensações, num pulsar que se repete dia após dia, da hora que nascemos até nosso último fechar de olhos... Somos todos feitos de sentimentos mistos num respirar e pulsar que nos eterniza e nos condena a sermos únicos, miseravelmente únicos. E eu explico: Todo ser vivo é único em sua existência, em seus potenciais e seus valores - da planta que você rega e enfeita sua janela, o cachorro que faz festa a sua chegada, o pássaro que voa livre sob o céu; e você, que se sente as vezes tão comum e tão sem estímulos.

E justamente quando você se sente assim, comum, todo o resto se torna melhor que você e todo seu ser se torna miserável, embora conserve em seu cerne, todas as potencialidades... Então  você se esquece que tudo que procura está em você e não no meio que vive, não na corda bamba que divide seus sentimentos e emoções...

É horrível se sentir inferior, principalmente quando este sentimento se torna maior que sua vontade!

Perdemos a alegria e o entusiasmo, perdemos nosso brilho... Sabe quando olhamos para dentro de nós mesmos e vemos uma prisão? Consegue entender isso? É praticamente sobre um abismo que sentimos nossos pés balançarem em nossa corda bamba... É precioso demais este momento também, porque é nesta hora que ouvimos nosso coração dizer de forma consciente, que precisamos ousar. Ousar no sentido de ficarmos bem com nosso ser ou libertá-lo desta prisão... E se conseguimos fazer isso, deixamos de ser miseráveis. Passamos a não ceder mais às estratégias da razão.

A gente cria armadilhas de todos os jeitos, já percebeu? Temos medo de ter medo!!! Olha só que loucura!!!
Mal sabemos andar na nossa trilha de forma correta e harmoniosa e já estamos tirando conclusões erradas sobre o que virá pela frente - Essa brincadeira de tentarmos sermos Deuses simplesmente não dá certo. NÃO SE PODE ESCRAVIZAR UM SENTIMENTO. - Isso mesmo. Não estamos engessados, somos fluidos, somos etéreos, somos essência, não há como a consciência aprisionar nossa essência. Lindo isso, porque significa que por mais bamba que esteja nossa corda, e mais trabalho tenhamos em nos equilibrar, não importa para que lado dela sejamos lançados feito pequenos pêndulos, não importa os azares, os perigos e os equívocos.... Nada disso importa! É sério!

Nada disso importa porque você se torna um descrente, e assim, o imprevisível pode acontecer. O novo pode aflorar e mostrar-se como ele de fato é. Olha quanta magia há nisso! 

O imprevisível é a vida que pulsa. É a vontade da existência, os sentimentos não rejeitados se tornando libertos.

Seja um "descrente" e observe que tudo que sua consciência, por medo, aprisionou, cai por terra. Tudo se reduz como se fossem poeira! Se você for um descrente de seus medos, sua natureza passa a reavaliar o mundo que o cerca, de outra forma, sem adulterar-se, sem torturar-se demais por incapacidade de saber se seguirá em frente em sua corda ou cairá para algum lado.

E daí se cair? Pode ser bom também ver as possibilidades de quem está ao seu lado, e ao seu lado caminha... E daí se seu foco modificar? Quer grandeza maior em poder progredir e avançar descobrindo novas possibilidades e novos valores? E daí se seus amigos já não são seus amigos e se seu grande amor deixou de existir? Construa novas pontes, respire novos ares, busque transformar-se a si mesmo.

Cada sentimento pode e deve ser construído e lapidado. Expurgado ou abençoado. Cabe a você identificá-lo e transformá-lo dentro de si. Equivaler-se não é fácil, nunca foi e jamais será. A boa notícia é que nada poderá escravizar aquilo que você traz dentro de si. - Que seja AMOR, então.

Love.
Cau Oliveira






domingo, 2 de dezembro de 2012

Fraqueza...


‎"... Tenho um fraco para com as letras. Não sei explicar o porquê, talvez seja pelo fato de esconder-se e mostrar-se aos meus devaneios e sutilmente (?) deliberadamente fazer-me presa em sua teia..."



Lindo domingo a todos!

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Sintonia...

Sempre quis alguém assim: Inteligente sem ser arrogante; culto sem aquele olhar blasé sobre os acontecimentos cotidianos... e que tivesse bom humor!

Sempre quis alguém que me abraçasse e me sentisse por inteiro, que ao me beijar percebesse todos meus desejos e anseios, e que segurasse minha mão com a mesma firmeza e postura de quem tem pressa em sentir seu coração vibrar.

Já parecia um sonho distante, uma não direção, um conformar-se de estar comigo mesma e com meus pensamentos... Já parecia sim. E parecia também que estava fadada a manter-me numa rotina insossa e sem sintonia com o mundo ao meu redor.

Depois dos quarenta anos, acho que a gente deveria repensar a vida com um certo ar de leveza e de contemporaneidade, celebrando mais, namorando mais, vivendo mais... Mas a gente se perde na rotina do trabalho, nas buscas de graduação e estudos, nos afastamos demais da essência que somos de fato, nos perdemos de nós mesmos e esquecemos do quanto é lindo e sublime estar pronto para o outro, respeitando-o com suas imperfeições, admirando-o com suas marcas e cicatrizes...

Implicamos e complicamos demais as coisas. Nos tornamos exigentes como que necessitássemos provar a todos o nosso bom gosto e escolha. E o amor não é exigente! Talvez sua única exigência seja justamente esta - Nada exigir. Porque o amor nos ressalta ao olhar do outro, ele nos torna passarinhos, nos torna flor, nos torna céu... Mas a gente confina o amor como quem guarda um perfume lacrando bem o frasco mas ardilosamente deixando-o ao sol... Oxidamos o amor de tanto guarda-lo e de tanto machuca-lo com ciúmes e ranhetices. Mudamos a cor e o aroma do amor, matando-o aos pouquinhos tal qual um perfume estragado.

E de tanto exigir um do outro vamos perdendo a sintonia que nos une, nos aproxima e nos renova.

Esta força que redefine nossos sonhos e misteriosamente nos encoraja a correr riscos, nos transforma e é como se o nosso coração vivesse sempre aos saltos e todas as borboletas batessem asas ao mesmo tempo no  pensamento. É simplesmente lindo isso porque neste estado não há covardia e nem hipocrisia, há apenas o desejo de ir além de si mesmo no outro e pelo outro... Talvez seja neste estado de alma que a gente consiga de fato caminhar junto alguma trilha... Lado a lado, passo a passo. E mesmo sem ter certeza de nada, a gente sabe que faz bem e fica desarmado... É lindo porque é puro demais!

Enquanto os homens estiverem presos aos negócios, aos objetivos concretos, aos aspectos sociais, acho que nunca vai conseguir estar em sintonia com alguém, acho que  nunca irá realmente se apaixonar... Porque essas coisas do coração não se encontram nas regras e nem nos cálculos. As coisas do coração são sutis demais para se calcular... Ah! Sim! Porque é justamente nesta fase, de pura sintonia, de puro encantamento, que aprendemos a voar para o mundo do outro sempre que sentir saudades, aprendemos a não temer o que virá pela frente e se possível fluir sem analisar muito as coisas, aprendemos a sermos mais modestos e mais dignos de nós mesmos pelo olhar do outro, pelo sentir do outro.

Estou absolutamente convencida de que este é o caminho. O caminho da sintonia, da reciprocidade, da alegria de estar vivo. Estou absolutamente convencida de que devo celebrar a cada dia e a cada vez que me ver no olhar de quem que, por puro prazer de estar ao meu lado... Me beija.

Linda noite! Cheia de estrelas....






sábado, 24 de novembro de 2012

Amargura pra quê?

Se existe uma coisa que me deixa aflita é estar ao lado de gente pessimista e amargurada... Fico sem espaço, sem ar. É quase uma claustrofobia de gente assim! - Deve ser porque sou positiva demais, bem humorada demais, ou porque realmente não entendi o sentido deste sentimento, desta emoção.

Dor, revolta, sensação de que somos incompreendidos e por isso mesmo desvalorizados, todo mundo sente, passa ou se recente em determinado momento de suas vidas, mas daí a viver disso, nesta expectativa de que o ruim é que é bom, juro que custo a entender.

E tem gente assim, sabia?
Juro que tem!

Tem gente que  vive de doença e se não tem nada, inventa uma rapidinho, e não é para comover não, é para se sentir bem, para se sentir em paz, como se para ser feliz tivesse que se mutilar, se esconder em uma tristeza, uma doença, um faltar... Quer um exemplo? - Quem não tem um parente, amigo ou vizinho que vive numa eterna dor nas juntas? Naquele reumatismo dos dias bem vividos e agora doídos de viver e lembrar?

Gente amargurada que não consegue ver a vida com leveza, que estranha a felicidade e a amizade e que acha errado e falso ser e estar disposto todos os dias para o trabalho e para os amigos... Gente que vive preso em uma "cadeira de rodas" que não anda nem pra frente e nem pra trás porque emperrou numa atitude de conformismo e solidão... Gente que não entende e não vê que a vida é uma sequencia de dias e noites, de amigos e atitudes, de sabores e dores também....

Amargo bom é do jiló refogado no azeite toscano... Isso sim que é viver e gostoso de saborear...

Para os outros sabores ruins eu prefiro deixar que a vida cozinhe e refogue, que a vida aprimore a receita e a tempere com todos os condimentos que o amor e a felicidade de mil sorrisos podem trazer.

Bom dia pessoal.
Cau.

domingo, 18 de novembro de 2012

O Cantar da Cigarra e a Primavera de mim.

E as chuvas chegaram de vez. Marcando o reflorescer das árvores e jardins numa primavera tardia e insegura como eu.

Estou na primavera dos meus dias embora meus sonhos e planos já a muito se encontram outonais... Mas ainda assim resisto. Bato firme no compasso da neblina úmida e fria que antecede a chuva que decanta com vigor a peleja dos dias. Assim, sinto-me como  aquele mel que ficou contido no fundo do favo, guardado, escondido e pronto para ser macerado, sugado até o final, misturando no hálito e num doce aroma, exalar-me íntegra.

A primavera rompe-me em botões, feito mudas de mim, feito flores de mim, feito o que ainda não sei. Brota-me instintos e devaneios, acende-me, tangencia-me, escoa-me... 

Fico vendo uma cigarra a cantar indefinidamente em um galho de pitangueira a frente da janela de meu quarto... Seu zunido apossa-me e deixo-me interagir com ela, no compasso de quem canta com dor, a dor de romper-se inteira para redesenhar-se enfim. A maioria das espécies, na primavera, se aprontam para o namoro, a liturgia do acasalamento, a nobre missão de preservar-se, mas a pequena cigarra, solitária, rompe-se em si mesma, num canto solitário, crescente e exaustivo. Não é paixão que a faz cantar, não é a poesia da vida que a faz ser única naquele galho. É a sua essência, o seu precisar, o seu despedaçar, que depende de cada acorde triste e de certa forma violenta consigo mesma, de cada pausa de cada pulsar de seu frágil corpo.

Quando ela sair da casca que a aprisiona e lhe aperta já não será a mesma, eu acho. Sairá senhora de si. Mais exigente, mais fortalecida por ter resistido, cantando, o período da dor. Os dias de sol e de chuva já não parecerão tão angustiantes quando em nova roupagem puder voar.

A noite finalmente chega e ela parece cansar-se, meu pensamento pára no tempo como se espreitasse o porvir. Acabo me convencendo que me soltei primeiro que ela de minha prisão. Abandonei meu galho com minhas vestes pesadas e envelhecidas, cheias de marcas de meu calvário, cheias de amargos e solitários cantos de dor. Minha sensação é única e indescritivelmente bela porque ainda não sei no que me transformei. Não trago lembranças - todas elas ficaram pra trás - Não trago expectativas. Sonho de novo . E de novo é o amor que me veste, o mel que me adoça e o perfume das rosas que me trasporta para longe... Nos novos ares que hora respiro.

Feliz.Canto.

domingo, 11 de novembro de 2012

Coisinhas Miudinhas...

Sem querer me lembrei da tia Zilma e dos seus nhoques de domingo... Eu gostava de passar o dia lá, depois da missa matutina, ia correndo para a casa dela para brincar de bonecas com minha prima Nara... E o mais engraçado é que eu já não era tão criança assim. Não. Já era o que hoje em dia se diz, mocinha.

Minha casa não era muito perto da casa de minha tia, tinha que caminhar muito e mesmo cortando caminho pela Igreja, ainda assim para uma criança sedenta por gostosuras e brincadeiras, era longe...

Deveria ter meus doze ou treze anos, mas ainda assim, chegando naquela casa simples de jardim de terra batida, com roseiras bem cuidadas e um quintal espaçoso e fresquinho, me sentia muito feliz. E brincava por horas a fio de casinha e bonecas com minha prima que era bem mais nova. Brincava por prazer de estar em companhia já que era única menina em casa e meus irmãos não me acompanhavam nas minhas brincadeiras de menina; brincava com gosto e com gosto a ajudava resgatar da panela com água quente, aquelas coisinhas miudinhas de massa de trigo e ovos que subitamente subiam enquanto a água fervia...

Cresci. E o tempo e suas estranhas combinações e desmedidas travessuras nos levaram para caminhos distantes. Pouco ou quase nada sei sobre esta minha tia que aos domingos me acolhia com um carinho fraterno e um delicioso almoço italiano... com aquela massinha macia, molhadinha pelo molho vermelho e denso de tomates.

...Ah! Como é duro crescer as vezes.

Impressões Fashion - Perfume. A marca da mulher.

Recentemente vi um editorial em uma consagrada revista de moda feminina, sobre a perfumaria brasileira  dando especial destaque ao lançamento do perfume UNA da Natura. Fiquei encantada com a expertise da perfumaria brasileira e no quanto de tecnologia embarcada se encontra em um processo dito "natural". A começar pelo perfumista in house (um luxo! Só grandes casas como Chanel e Hermès têm perfumistas próprios.) e também pela exclusividade em usar produtos da flora brasileira. Um conceito que me agrada muito é o da sustentabilidade e da exclusividade - Marca uma essência original, uma identidade característica e única, daí portanto, acho que o nome Una veio de bom grado a fragrância suave e marcante.

Acostumada a perfumes internacionais e com um conceito olfativo mais apropriado para o clima e gosto americano e europeu, adorei experimentar um perfume com notas bem brasileiras que me surpreenderam logo no primeiro aspirar da fragrância - uma textura visual e olfativa que lembra o sândalo, porém adocicado  e bem lá no fundo um quê de flores e frutas cítricas. Intenso, porém, fresco, feminino.

A embalagem é outro presente luxuoso. Segundo a empresa, o design e manufatura é da mesma fábrica dos perfumes da marca francesa Guerlain, e é linda! Um objeto icônico de decoração e beleza que com certeza se torna um pequeno luxo em qualquer closet feminino e o que é mais bacana - um luxo consciente, uma vez que tem característica sustentável.

Minha impressão fashion aqui se reserva no que há de melhor na perfumaria feminina na atualidade, e na marca pessoal que toda mulher deixa ao usar um bom perfume. É como uma espécie de marca registrada, assim como seu sorriso, sua voz, seu estilo. Há pouquíssimas coisas em uma mulher que só ela é capaz de sustentar como sendo apenas sua, e uma delas se chama perfume. Ao entrar em contato com a pele imediatamente reage aos hormônios pessoais e assim, se recodifica, recriando uma nova fragrância, que irá despertar novas sensações e lembranças que virão como uma imagem que só esta mulher pode criar.

Muito além de roupas estilosas, looks arrojados, maquiagem perfeita, o perfume é cada vez mais exclusivo, cada vez mais essencial, cada vez mais importante no guarda roupa feminino. Um objeto de luxo (?) nem tanto, uma vez que grandes marcas brasileiras hoje vendem perfumes de porta a porta, como é o caso da Natura, e outras grandes perfumarias também facilitam muito no pagamento... Um objeto de sedução (?) com certeza! Afinal, que graça teriam as rosas sem o mistério de seu aroma?

Natura Una Deo Parfum. Delícia em alto estilo que custa apenas R$119,00.
Fica a dica.






domingo, 4 de novembro de 2012

Mas será o Benedito???


Originalmente Publicado em 25 de maio de 2011 

Quase todo mundo conhecia aquele velho senhor que ficava sentado num banquinho a tomar sol entre a esquina das ruas Horta Barbosa e Caconde. Esquina calma do bairro Nova Floresta.

No alto de seus muitos e tantos anos, corpo magro, franzino mesmo, amparado por uma bengala talvez mais antiga que ele e com um inconfundível “boné de aposentado” que o protegia do vento, sol e muitas vezes da chuva que vinha mais ligeira que seu caminhar podia buscar abrigo.

Passantes o cumprimentavam durante suas caminhadas pela manhã. Crianças o tomavam a benção ao ir e na chegada da escola… E ele sempre com um sorriso acolhedor parecia ser um membro da família da gente.

Pois não é que ele de repente sumiu e virou comentário na vizinhança? Será que morreu? Acamado? Onde ele mora? É parente de quem? – Nada se sabia daquele senhorzinho franzino e de olhar suave; olhar de quem muito já viveu e que ainda não esqueceu de tudo que sabe. Experiências.

Pode parecer estranho, mas na falta de tempo para tantas coisas, essa simples criatura que tomava sol todas as manhãs num banquinho quebrado e humilde, cativou todos que passavam a sua volta, e sua ausência foi sentida. Virou comentário na mesa do bar do Roberto, pela boêmia Nova Florestense; assunto pra mais de dias para as carolas do bairro e mistério para as cabecinhas infantis.

Ele não apareceu ainda. Também não sabemos o seu nome, onde mora se tem família…

A correria do tempo não nos permitiu estreitar tanto assim os laços da boa vizinhança. Fica a torcida para que nada de ruim tenha ocorrido e que regresse rápido ao seu banquinho da esquina, que, diga-se de passagem, foi devidamente restaurado e pintado por um morador solidário.

Cau Oliveira.

Teleton – Porque o futuro pode estar em nossas mãos.


Em 2011, segundo o censo brasileiro, havia cerca de 27 milhões de deficientes no Brasil, isso sendo dito que integram este número, crianças e adolescentes que nasceram ou tiveram algum membro amputado, vitimas dos mais diversos tipos de doenças ou violência.

A AACD trabalha e busca a cada dia reabilitar estas crianças, jovens e até mesmo adultos. Contribuindo para que o amanhã de todos eles sejam melhor e mais digno. 

Entender a importância que a AACD tem nas vidas destas pessoas é como se pensar em chuva no deserto. Muitas vezes, não só o paciente precisa de ajuda, mas toda a família se encontra desestruturada e desestabilizada, precisando de cuidados; e é isso que a AACD faz.

São pessoas  como você e eu, que acreditam que podem ajudar a construir algo de bom para o seu semelhante e que com a generosidade de empresas parceiras, médicos competentes e um canal que os levem a serem ouvidos, possam fazer a diferença.

Quando o SBT abraçou esta causa, muita coisa precisava ser feita, e hoje já na 15ª edição vimos que muita coisa mudou e mudou para melhor. Ter um canal forte como o Grupo Silvio Santos como chancela, fez toda a diferença, agregou valores que antes poucas pessoas poderiam encontrar e até mesmo acreditar.

Veja:

Quantas crianças são reinseridas nas escolas como pequenas cidadãs após reaprenderem a andar ou a usar sua pequena cadeira de rodas? Quantos adolescentes se mostram campeões nos esportes e na vida, dando-nos um show de otimismo, garra e força de vontade após um trauma? Quantos profissionais da área de saúde se impressionam com o milagre da vida diante do olhar esperançoso e agradecido de uma mãe ao acalentar e cuidar do seu filho durante o processo de reabilitação? Feliz por ter seu filho VIVO em seus braços... E quantas lágrimas comovidas descem como pequenos veios, furtivos, diante da escolha de querer viver, mesmo faltando um pedaço de seu corpo?

Recentemente vi um exemplo de força e coragem nas redes sociais. Uma mãe criou um página na rede social para a sua filha de 4 anos que é portadora de paralisia cerebral. E apesar de todas as dificuldades que enfrenta no seu dia a dia, ainda assim mantém um sorriso cativante e um olhar que nos faz acreditar que somos capazes de irmos além de nossos problemas diários. Esta criança é a primeira modelo infantil brasileira portadora de deficiência. Exemplo de coragem, determinação e animo de seus pais que a ensinam desde cedo a não ser vítima das circunstancias.

Enfim, amigos, somos todos irmãos de uma única família, e isso não depende de cor, credo ou semelhança física, isso depende do sentimento maior que nos une e nos tornam fortes – SOLIDARIEDADE. O futuro está em nossas mãos e não podemos simplesmente deixar que os outros façam a nossa parte o que nos cabe fazer agora. 

Sejamos unidos nesta causa tão nobre que o SBT nos convida a ajudar e a participar. Façamos a nossa parte, tenhamos por objetivo a causa mais nobre que o ser humano pode patrocinar. A VIDA.

DOE. PARTICIPE. SEJA MAIS UM A FAZER A DIFERENÇA.

Em homenagem a querida Hebe Camargo, que desde sempre foi e será madrinha deste projeto.


Por Cau Oliveira.
Belo Horizonte, 22/09/2012

No caminho do tempo...

~ # ~

Me perguntaram o porque de eu ter desistido.

Eu não desisti. Só não posso ir além do que já caminhei. E também não posso mais esperá-lo. Talvez nos encontremos em outro caminho, talvez nunca mais nos vejamos... A vida é assim.

A vida atravessa o tempo.

~ # ~

sábado, 3 de novembro de 2012

Milagres diários....




Um milagre, por definição, é um acaso que vai contra a natureza.

Portanto, é lógico que os milagres não acontecem na nossa zona de conforto.

Encontre maneiras de aumentar a sua tolerância ao risco e desconforto hoje. Devemos estar dispostos a assumir um risco que seja equivalente ao milagre que queremos chamar para nossa vida.

[Yehuda Berg] 

A miracle, by definition, is a happenstance that goes against nature.

Therefore, it stands to reason that miracles don’t happen in our comfort zone. 

Find ways to increase your tolerance for risk and discomfort today. We must be willing to take on a risk that is equal to the miracle we want to draw into our life.


Image by Caras Ionut

Bom dia!



Dizem que dar tiros para todos lados, a gente acaba matando todo mundo e ficando sozinho... Dizem que ter foco em um único objetivo, deixamos de ver o que acontece nos lados de nosso caminho... Dizem tantas coisas!

Apenas dizem. E dizer não significa FAZER.

Construa seu destino.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

O Sussurro da Esperança...

Alguma vez você já se sentiu como que vivendo um filme de traz pra frente? Como aqueles vídeos antigos que, com o controle remoto podíamos acelerar ou retroceder a fita... Você alguma vez já se sentiu estranhamente deslocado dentro de seu quarto e ouvindo sua música favorita, ou vendo seu filme predileto?... E quando seu pensamento vai para longe durante uma conversa, entre amigos, ou durante uma refeição. Já se sentiu assim?

Eu admito que várias  vezes me senti assim por alguém. E, durante meses e meses vivi isso. Foi um tempo difícil, de lágrimas solitárias, de coração partido, de conversas e de insano e obsessivo tormento... Então,  como um filme de traz para frente dei STOP no final e dei um passo a mais. Sozinha.

E foi assim que os outros passos se seguiram até onde estou, me levando a lugares que nunca pensei chegar, encontrar pessoas que finalmente me fizeram rir e chorar de contentamento. Foi assim que ouvi o sussurrar da esperança de recomeçar.

E foi assim que dei as costas para todo sentimento que no fundo eu queria que fosse para alguém que julgava amar, que no fundo eu desejava compartilhar por toda uma vida, e que eu sabia que se pudesse, se tivesse uma única chance, traria-o de volta... Como se jamais tivesse ido.

Sinto a falta de estar com ele, todos os dias. Lembro de nós dois todos os dias. Mas decidi fechar as portas e também as janelas e agora estou deixando todas estas lembranças no passado, em algum lugar que eu possa um dia, quem sabe recolhe-las e não mais lembrar com tanta dor, com tanta amargura. 

O bonito da esperança é saber que ela nos dá sempre uma nova chance. Eu não conhecia a minha capacidade e força até precisar dela, eu não acreditava em mim; e sem saber, muitas vezes me deixava pisar, me deixei abater pela descrença e falta de fé... Me humilhei por um amor que, aqui dentro de mim, agora sei, que não foi feito para durar, porque não tinha esperança... Não tinha força.

Dar o primeiro passo foi o mais difícil. Mas eu dei. E minha fé renasceu... A esperança reacendeu a alegria em minha alma e a minha alma hoje canta louvores como um caminhante que chega ao final da estrada da dor de Santiago... Eu passei por ela, eu posso te dizer, que você também irá conseguir.

Erga a cabeça bem alto. E mesmo que você falhe, chore e não convença que está bem, mantenha-a bem no alto. No seu coração você encontrará tudo que precisa para dia após dia, encontrar o caminho de volta e o ponto de partida para um novo começo. 

Tenha fé. Tenha esperança.

O sussurrar da esperança é breve, é como um sinal, um estalo. Mas você ouvirá em seu interior tão nítido como um sino, tão certo quanto um relógio britânico. É a sua hora de ir adiante e mudar toda a sua história, e eu desejo que a sua e a minha, tragam lágrimas de um final feliz!

The End.


sábado, 27 de outubro de 2012

No Próximo Verão...



NO PRÓXIMO VERÃO...

- QUERO VADIAR POR PARIS...
TOMAR SORVETE PRÓXIMO A TORRE EIFFEL; DEBAIXO DA DAMA DE FERRO,
DEITAR NA GRAMA,OUVIR CHICO BUARQUE E CANTAR "

"Como, se nos amamos feito dois pagãos
Teus seios inda estão nas minhas mãos
Me explica com que cara eu vou sair "

DEPOIS CAMINHAR,CHORAR,RESPIRAR
RETORNAR A LUGARES QUE APAIXONEI-ME...
E DEIXAR QUE O CORAÇÃO NAVEGUE PELAS AVENIDAS DA VIDA.

GU DEAN,OUTUBRO 2012

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

O Homem Francês... Au revoir mon cher

Caminhando a esmo pelas ruas de minha cidade, contemplo as flores de Ipês caídas ao chão formando um tapete colorido e já desgastado pelo passar das horas. É noite na capital mineira. Tento me recordar nos motivos que levaram a minha decisão de me esquivar de Franck e todos, absolutamente todos os caminhos me levaram ao medo. O medo é um verme mesmo, que vai corroendo nossos sonhos e esperanças, sejam elas quais forem.

Compreender isso tantos anos depois e passados tantos outros relacionamentos após esse affair, noto que estou mais espontânea e mais desarmada hoje do que antes, estou também muito mais vulnerável, é bem verdade... E tudo isso devo a ele, que me ensinou, aos poucos a ser exageradamente sem medidas e sem reservas quando se trata de amor e também me ensinou a ser fluida, lenta e suave quando tiver que ser...

Acho que me tornei mais Parisiense que poderia supor, e estranhamente gosto disso. Gosto dos hábitos que adquiri aprendendo com ele e sem perceber não abri mão... Gosto dos finais de tarde ao sol de inverno  na varanda  a ouvir boa música e degustar um vinho, ou simplesmente para ler um livro enquanto ouço o alvoroço dos pássaros em um parque ou praça; e das manhãs e anoiteceres sob um céu lindamente púrpura... Ah! Como gosto de descobrir e ouvir canções de músicos que quase ninguém ouve ou desconhece... Visitar galerias de arte e tomar um café enquanto rabisco algumas idéias.... Vivi tão profundamente Paris sem nem ter pisado lá que fecho os olhos e me vejo na Pont d'Iéna, cruzando o Rio Sena, na direção dos chafarizes e do Palácio de Chaillot...

Acho que um dia talvez eu vá a Paris. Claro que sem o apego da imagem de Franck ou recordações desta lembrança.... Na verdade nem há apego, só lembranças de um sentimento que me construiu e que de alguma forma pertencem a mulher que sou hoje. Mas quero sim, ver Paris de perto, ouvir e sentir os ares desta cidade, passear a noite sob a Torre Eiffel iluminada e claro, tomar um bom vinho!

A presença de Franck se tornou uma imagem apenas, uma recordação, um critério a mais nas escolhas amorosas que faço, afinal, mulher nenhuma deve contentar-se com menos que um coração repleto de sentimentos e um sorriso encantado! Não se pode escolher um amor ao meio e cheio de objeções, ou, conformista, engessado em conceitos formais demais... Não. O amor é aquilo que nos distrai, nos acaricia a alma e acho que deve ser assim, meio hippie, sem regras por vezes, sem torturar-se no ciume e no medo de se perder... Até mesmo porque, perder-se por amor é lindo demais!

Meu grande erro foi ter tido medo, enfim. E o medo destruiu a ponte que me levaria a algo que nunca mais irei conhecer e saber... Mas me revelou um novo horizonte e acendeu-me em esperanças... E com elas vieram todas as oportunidades futuras de viver novamente, e quem sabe, desta vez de fato, um grande amor.

Ao revoir!

terça-feira, 23 de outubro de 2012

O Homem Francês...‏ Como tudo começou

Em 2009 encontrei com uma prima em uma festa e numa conversa informal soube que ela tinha tido vários encontros com pessoas através de sites de relacionamentos, e que como não havia aparecido ainda seu príncipe, continuava em sua busca - muitos risos, muita conversa sobre a validade ou não desta opção a mais para se encontrar o cara certo e eu cheguei a conclusão de que valia a pena tentar e lá no fundo me perguntava: - Como eu não pensei nisso antes?

E ai, comecei a caça aos gatos, só que, só apareciam ratos!!!

Era gente de todo tipo e biotipo, do pagodeiro baixinho e careca, ao professor viúvo, gordo e cheio de filhos... Nada que me fizesse acreditar que poderia valer a pena confiar ou levar a sério este tipo de busca, até que para minha surpresa, meu irmão mais novo encontrou a atual esposa dele naquele mesmo site. Pronto. Estava aberta a temporada de caça aos gatos com maior abrangência; e comecei a procurar em outras cidades e estados também. (Sim. Eu estava desesperadamente solitária e para ser muito honesta, começando a ficar com medo de ficar encalhada para sempre e sempre é tempo demais, não é mesmo?)

Foi assim que meu perfil e o do meu amor francês tiveram 100% de afinidade e compartilhei uma piscadinha!

Ele retornou a piscadinha, escreveu uma mensagem em um português sofrível e já adiantando desculpas por isso, foi revelando, aos poucos, em mensagens cada vez mais gentis, delicadas e românticas, todo seu charme e encanto. Trocamos e-mails, fotos, compartilhamos músicas, compartilhamos afinidades e aos poucos fomos tomando conhecimento um do outro, criando laços.... E ao contrário dos brasileiros que imediatamente querem conversar pela web cam, ele se mostrou tranquilo em esperar a minha hora, respeitando meus medos, inseguranças  até que finalmente, num sábado de muita chuva em Paris e um sol saariano em Belo Horizonte, o vi pela primeira vez.

E ele segurava uma rosa nas mãos e a beijava, dizendo que era para mim... E como um sonho, ia me situando naquele novo cenário que aos poucos descortinava...Um começo virtual normal para as modernidades contemporâneas, mas absolutamente sensível e impregnado de doçura, como um conto medieval.

E foi assim que eu disse: Oui mon amour. E o aceitei como ele era, com todos os dilemas e incertezas, com toda a calma para criar e sonhar um amor que poderia ou não ser realizado aqui ou em Paris, e como Paris sempre será o paraíso dos príncipes, sapos, gatos e ratos... Sonhei.


Attendez que le reste de cette histoire ...

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

O Homem Francês...

A mais ou menos uns cinco anos atras, tive uma paixão avassaladora por um militar francês. Mesmo sabendo da distancia e das inúmeras implicações que esta paixão traria, não me contive e dei asas as borboletas de minha alma... Todas elas, voaram livres e soltas por mais de um ano, numa relação virtual descompromissada, mas cheia de charme europeu.

E era uma delícia vê-lo pela web cam ou ouvir aquela voz com um sotaque forte a dizer que estava morrendo de saudades, sem mesmo me conhecer, ou, receber mimos como caixas de bombons e postais de Paris... Com tantas confidencias e trocas de fotos, e-mails e planos, ainda assim, a razão falou bem mais alto e nunca o vi. Quando ele finalmente veio ao Brasil, não tive coragem de ir ao encontro dele, e com isso, é claro que nosso pequeno romance virtual chegou ao fim.

Hoje me pergunto se foi tão avassaladora assim esta paixão e se eu deveria ter ousado mais, me exposto mais, ainda que tudo não passasse de uma ilusão ao encontrá-lo pessoalmente.

Relendo alguns dos e-mails, vi que naquele momento estava tremendamente carente, já estava sozinha a algum tempo e na verdade, tudo o que ele fez foi dar espaço para que pudesse ser eu mesma. Cativar é de fato muito fácil, é só dar atenção, carinho e dizer a verdade ainda que na verdade não se saiba o que se sente. Neste momento, revendo os e-mails e fotos, vi que nem eu e nem ele sabíamos de fato a onde aquilo tudo iria parar, nada era compromissado o suficiente para se criar um vínculo, embora houvesse de certa forma, presente nas espontâneas mensagens e nos encontros marcados pela internet... Claro que ele poderia ser casado e ter mentido, claro que ele poderia ter outras paixões virtuais tão carentes como eu a ponto de se deixarem seduzir pelo belo e charmoso homem francês. Mas pensando bem, carente ou não, que mulher ou homem não se sente mais vivo, mais intenso quando apaixonado? Ainda que essa paixão não seja a premissa de seus dias, ou a certeza de que tudo irá mudar? Este jogo de sedução, que une olhares, vontades, sonhos e desejos não pode ocorrer também entre você e alguém do trabalho ou quem sabe seu vizinho?

Entre tantas pessoas, encontrar alguém que te escute e que te revele seus sonhos... Que te faça sonhar como ele sonha, amar como ele ama e desejar com todos seus medos e seus anseios  ir de encontro da felicidade, ainda que por um período curto, ainda que projetando no outro como uma tábua de salvação da coerente e vazia sombra dos dias sempre tão iguais. Encontrar alguém que como você, deixar-se seduzir, deixar-se levar e enamorar-se, para quem sabe, um dia encontrar de fato o prazer de ser feliz, apesar da rotina.

Merci mes amis.



sexta-feira, 19 de outubro de 2012

No embalo do Hip Hop...

Confesso que tinha um certo preconceito com a turma do hip hop e rappers... Gente que fala "a rua é nóiz" não dava para levar muito a sério - eu pensava... Até conhecer  a poesia que vive escondida nas ruas, nas comunidades e grupos que curtem este ritmo formado de métricas e rimas...

Dono de um estilo raro, ouvi com muito gosto e empenho para entender este novo conceito de música aos meus ouvidos tão acostumados as árias de Callas. Me peguei movendo o corpo e estalando os dedos e aos poucos, me soltando ao ritmo suave de MC Leytin. - O jovem garoto mineiro tem estilo, atitude e personalidade, porque, reparem, não é fácil rimar! Mais complicado ainda quando se rima em um *duelo de MC's, onde associam ao ritmo, a poesia, o tema e acima de tudo emoção, a muito improviso. 

Numa pesquisa rápida na internet, vi que este movimento cultural é grandioso demais, e ouvi outros rappers ou MC's... Mas fiquei fã do Leytin e sua voz serena, clara, sua mensagem tranquila entrando nos ouvidos e atingindo em cheio ao coração... numa baladinha (se é que se pode dizer assim) romântica e suave, quase uma melodie francesa... 

Daí me lembrei que recentemente, uma novela brasileira mostrou o funk melody que no Rio de Janeiro é conhecido como Bailes Charme, e o grande sucesso das canções que como chiclete ficaram por meses em nossas cabeças, a ponto do Rei Roberto Carlos também, com todo seu estilo, carisma e conhecimento de música, ter criado uma canção neste formato... E como esta estratégia de marketing, pode aos poucos ir mudando um conceito pré existente em toda uma população que acompanhou a novela - O Rei, foi esperto, disponibilizou parte da canção nas redes sociais e na chamada da próxima novela... Não preciso dizer do sucesso midiático que  a música "Esse cara sou eu" vem causando nas redes sociais...

Os franceses, fizeram da melodie uma canção arte, e eu me atrevo a dizer que este é o caminho do Leytin... Longe de chocar com os temas de violência e intimidatórias citações à politica pública: Falar de amor é o caminho mais sutil, verdadeiro e popular de se chegar  ao coração e as mentes das pessoas.

Na minha ignorância e na armadura imposta por minha geração que cresceu ouvindo os rebeldes Beatles, me vi na obrigação de me penitenciar com o movimento de rua, mas acima de tudo comigo mesma, que via a arte sem entender de fato a causa cultural, justa e tão importante quanto foi, na minha época as músicas de tantas bandas de rock que escutei e ainda ouço.

Percebi que juntamente com os grafiteiros que fazem dos muros sua tela, dos rappers que contam o dia a dia de suas comunidades em rimas cheias de verdade e sem cerimônia alguma pedem licença para serem os Mestres de Cerimônia de nosso destino, nosso acaso, nosso refrão de música, de bossa, de riso espontâneo ao ouvir algo inusitado...

Minha alegria de estar viva é saber que posso aprender a cada dia...E quebrar paradigmas, descobrir novos caminhos e sensações... "Poesia Melodie, fala ritmada não é falação, é argumento, é talento em improviso e muito sentimento"

A rua é nóiz mano.

Cau Oliveira.

domingo, 14 de outubro de 2012

A solidão dos amores não correspondidos...

Tenho um amigo apaixonado.

E em suas confidencias, chorosas por vezes, dramáticas por vezes, descabidas por vezes... Sinto-o amedrontado diante de sua sanidade. 

... E eu que me achava a brega mór nos assuntos do coração!!! - Ah! como é estranho e ao mesmo tempo cruel ver alguém que estimo tanto sofrer por um amor que não está sendo correspondido, e o que é pior, cruelmente a pessoa a quem ele tanto ama, brinca com seus sentimentos, joga-o num labirinto de palavras e ideias soltas, descabidas, desconexas... Num estranho mosaico de fragmentos.

Fico pensando: Estaria ele sendo feito de bobo nas mãos desta garota? Ou não seria este jogo um objeto de prazer para ambos - Afinal, jogos de amor são tão infantis e incoerentes quanto necessários....

Aos amantes da sedução, não basta o charme de um bom restaurante, um vinho e uma canção romântica em noite de luar, também é importante saber que incomodando você tem o outro ligado, ainda que de uma forma equivocada, preso pelo pensamento em torno de seus sentimentos. Sendo assim, o objetivo desta garota está sendo muito bem concretizado, não é mesmo???

De nada vai adiantar, meu amigo, nem versos e nem prosas, nem canções e nem loucuras apaixonadas - se ela não estiver pronta para receber tudo isso... Se ela não estiver pronta para entender seus arroubos alucinados.

Me pergunto se todos seres se tornam incoerentes quando apaixonados...  E se; se arrependem e correm atras de um amor, de um sonho, de uma certeza quando além dos dias, revendo seus valores, sentem-se insuportavelmente solitários...

Me lembrei do amor que tive e da chama que embora aqueça meus dias, já não queima mais, já não traduz tanto o que um dia sonhei para mim. E da dor e do peso da lápide deste sentimento.

O amor não correspondido tem esta peculiaridade, nos tornam seres insatisfeitos, inseguros e estranhamente queremos tudo que possa substituir um vazio que não tem fim, daí vamos caminhando de forma falsa pela vida, porque:

- De nada vai valer uma carreira bem sucedida, sem aquele sorriso lindo ao seu lado...

- De nada vai adiantar virar as noites sob a luz da lua, lendo ou ouvindo a música que um dia foi tão importante para os dois se ao seu lado a cama está vazia e fria... ou o que é pior, há sim alguém que não é quem gostaria.

- De nada vai adiantar os dias claros de sol, se além do horizonte das montanhas ou do céu que beija o mar, você está sozinho sem ter com quem compartilhar cada momento...

- De nada vai adiantar fechar os olhos na madrugada, chorando calado, por ter perdido a chance de ter mudado seu destino ainda que seu destino tenha sido o mais bem sucedido possível, se seu amor está longe do alcance de suas mãos...

Amor foi feito para estar ao lado num caminhar único, numa cumplicidade extrema... E é complicado quando ele se vai, ou deixa de estar unindo quem um dia tanto desejou estar ao lado do outro... E é mais complicado ainda quando depois de longa ausência você ainda se sente estranhamente preso naquela pessoa que te deixa louco pelas brincadeiras sem propósitos, pelos estranhos hábitos, pelos incontáveis erros, e pela certeza de que embora sua vida vire de ponta a cabeça é "ELA (E)" quem vai te fazer feliz pelo resto de seus dias.

Um brinde ao amor.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Quatro amores, amoras e crianças...



São quatro amores. Cada qual com seu jeito e sorriso, seu momento e sentimento, cada um deles, eternos em mim como o respirar e o pulsar dos dias.

São quatro amores com sabor de amoras maduras. Para cada letra do amor uma criança... Uma esperança de viver além de mim e neles me reconheço.

São quatro anjos de amor puro, que não se explica - É maior que tudo, é maior que a mim mesma. É vida.

E eu os amo tanto...

Feliz dia das crianças: Camila, Kyle, Camily e Gabriel...

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Rolinhos...

Casal se beijando no parqueAlguns dias atras encontrei com um ex namorado.

Não. Eu não fiquei abalada, sem graça ou sem saber onde enfiar as mãos.... Ele já está na categoria de amigo a longos anos e para minha surpresa, se candidatou (discretamente, é claro) à categoria de rolinho.

Se existe uma coisa que eu acho graça nos homens é quando eles envelhecem e começam a se sentir solitários... Ficam desesperados e partem para qualquer tipo de cantada na esperança de encontrarem uma paquera ou namorada. Até determinado ponto de suas vidas, a carreira, os amigos, o futebol, o carro, novamente a carreira e amigos, garotas, garotas e mais garotas são os assuntos mais interessantes... Nada de relacionamentos sérios e bem resolvidos, levar em casa  ou ir na casa da candidata é como se soasse um gongo interno dizendo "reprovada" - é hora de cair fora.

Claro que nem todos homens são iguais.- Tem homens que nasceram para casar, outros para conquistar!

No caso deste meu ex. Nasceu para conquistar. E faz isso com tremenda facilidade e desenvoltura, o danado!!!

Reencontra-lo me fez pensar nas possibilidades que trazem em si, os rolinhos... Na verdade, penso que os rolinhos são como um pré namoro, um período que você está ali conhecendo o outro sem saber ao certo se existem chances ou não de ir adiante. E que pode ser tudo de bom se ambos desejam uma relação leve, neutra, sem cobranças...

Se estamos pré dispostos a uma relação madura, equilibrada e estável, este rolinho dura muito pouco e parte logo para o namoro. Mas a ideia aqui é a do rolinho, da paquera descomprometida e descompromissada  dessas que a gente nem se preocupa muito, gostosas quando dá para encontrar, envolventes no tempo que tem que durar mas que se tornam perigosas quando uma das partes quebra este pacto e resolve se apaixonar, se envolver.... Daí, tudo desequilibra, se transforma e o caos se instala... Um quer o rolo, o outro quer namoro, resultado? Caos.

Rolinhos...rolinhos... caos...caos.

Agora: - E quando o namoro é para uma das partes uma espécie de pseudo-rolinho?
Aí, amiga, penso: - Caos...caos...caos.

Beijos e segura peão!

Cau Oliveira

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Impressões Fashion - Somos o que vestimos?

Hoje em dia parece que toda pessoa que tem um rosto bonitinho e um LV no armário, acha que sabe e pode falar de moda. Mas será que as impressões fashion que temos visto nos blogs e nas ruas das principais cidades espelham o que são realmente estas pessoas?

A moda estaria incorreta em absorver tantos estilos e tantas impressões?

Muito antes de se falar de Fashion Week e livros de moda e comportamento se transformarem em best seller, havia formações de grupos em áreas bem específicas, seja na joalheria como no vestuário e toda a aparente criatividade brasileira era espelhada no que acontecia nas ruas de NY, Paris, Madrid... As marcas mais consagradas como Prada, Chanel, Armani, chegavam aqui apenas em revistas e uma parcela muito pequena tinha acesso, realmente, a produtos "de marca".

Quando Clodovil faleceu, me lembro que foi uma grande surpresa saber que algumas das suas famosas malas e bolsas LV eram cópias perfeitas!!! Não eram originais. Mas quem iria duvidar que um costureiro famoso como ele, que tinha uma postura tão exacerbada em relação ao estilo e elegância como ele poderia usar algo que não fosse legítimo? Mas usou. E desfilou finamente em seu programa diário na televisão, com bolsas genéricas.

Somos o que vestimos? Somos o que queremos ou o que as pessoas querem que sejamos?

Estilo é tudo aquilo que vamos amealhando ao longo de uma vida... E isso inclui cultura, gostos, afinidades com uma marca ou um determinado produto são apenas apetrechos que vão dando um alto relevo a sua essência  ao que você é realmente. Se você é autentico, pode usar uma bolsa de grife genérica que todo mundo vai jurar que é autêntica, isso porque é apenas um produto e o que importa é você!

Hoje estive com as Meninas Furb's. Na verdade eu já as conheço. Acontece que hoje, recebi um mimo muito carinhoso da Michelle e isso não tem preço, não tem marca que se copia, de tão autêntico que foi, de tão espontâneo que foi... Um carinho, um gesto que mostrou seus valores e toda sua elegância!

E elegância é o ápice do estilo.

Um beijo carinhoso Meninas Furb's! Sucesso sempre!

Cau Oliveira

sábado, 29 de setembro de 2012

Noite de lua cheia...


Se estivesse numa praia, queria estar caminhando, descalça, na areia fina e senti-la sob meus pés - Se estivesse no campo... deitaria na grama, sob a luz da lua e abraçaria o mundo das estrelas e sonhos....

Linda noite de lua cheia pessoal.

Abandonar-se


... Quando ele disse que sentia um amor outonal, não queria dizer que iria desapegar-se. Surpreendera-se com o frescor dos ventos, com o aroma de outros sentimentos e da importância de viver os anos que lhe restavam...

 Do romance inacabado da autora: "Abrace-me"

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Quando a dor já não resolve....


Muita gente pensa que determinadas cobranças são feitas apenas para humilhar, para diminuir e punir... Não é verdade. Muitas vezes é cobrando que mostramos todo amor que sentimos ao educar. Quando a dor já não resolve....

Linda noite.

domingo, 23 de setembro de 2012

Amizade...


Amigos. É isso que dizem aqueles que orbitam em esferas diferentes, mas em sensações e emoções, estranhamente tão iguais.

Linda noite camaradas.

Em estado de lindeza...

É engraçado falar de um sentimento que a gente não sabe direito o que sente... Sabe que ele existe, e está lá no meio de tudo que a gente guarda, respira e foca... Sente que ele se mistura nos nossos sonhos, na nossa preguiça matinal, nos sabores e no nosso bem estar. É um sentimento que se apossa de nossos pensamentos, nos perturba a alma, ruboriza-nos a esperança.

O caminhar de todo mundo é igual; a gente se encanta, a gente apaixona, acha que vai morrer de amor, acha que vai morrer de saudade, acha que encontrou o príncipe ou princesa encantados e no final era um belo de um sapo... Todo mundo, mas todo mundo mesmo, já passou por isso. Daí quando um sentimento terno, doce, absolutamente íntegro e sem maldade chega em nosso coração, ficamos assim, em estado de pureza... Em estado de lindeza!

Se vai acontecer de ser perfeito como nos romances, se vai acontecer de ser recíproco, se... se... se... Esqueça os "ses" e aproveite essa leveza de alma, este respirar diferente, este encantamento e cuide-se mais,   apaixone-se mais, sinta-se mais envolvida com seus valores e referências... Inspire-se!

O outro é o outro com todas as peculiaridades que pertencem apenas a ele também, o ser humano é assim, único! Coloque este sentimento tão verdadeiramente seu em si mesma e capriche mais em seu batom, na sua dieta e em seu dia a dia... Em contrapartida, você estará dando tempo para o amadurecer deste sentimento que carrega em seu coração, as portas irão se abrindo a medida que você se sentir mais forte e mais bonita e "aquele" alguém que você se sentiu tão, mas tão encantada, pode ser que valha a pena investir sim, ou que aos poucos se mostre apenas como uma pessoa encantadora, suave e que de certa forma te ajudou a chegar no seu estado de lindeza.

Apaixone-se por si mesma.
Linda primavera.