terça-feira, 28 de agosto de 2012

Não se esqueça...




"Não esquece que te amo?
... Porque eu não me esqueço que o meu amor pode te esperar."

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Meditando sobre a razão, a resiliência e as coisas do coração.

É engraçado como as coisas acontecem e nem sempre a serenidade nos vem em auxílio à razão, não é mesmo?

Um monte de coisinhas bem miudinhas vão minando nossa capacidade de suportar os espinhos que discretamente protegem as roseiras... espinhos da incompreensão diante dos corações empedrenidos, dos mistérios que transformam em ações equivocadas e palavras duras todo o rancor e mágoa que habitam um coração revoltado...

A razão nem sempre entende que tem gente boa demais com um coração duro demais. Nem sempre entende que tem gente que demora um pouco mais que as outras para aceitar as diferenças e ser feliz com elas. A razão é meio oito ou oitenta né? Acho que foi por isso que Deus criou a resiliência... Deu-nos a capacidade de aceitar a cada dia um pouquinho mais e neste um pouquinho mais ir acrescentando uma doçura, um chamego, um quê de esperança... Deve ser assim que a luz vai abrindo passagem por entre a escuridão das trevas; deve ser assim que a rosa encontra espaço para se abrir dentre tantos espinhos.

Eu acho que tenho a cabeça muito dura, sabe...Porque se eu desse ouvidos à razão, já teria colocado um ponto final em um monte de sentimentos, em um monte de histórias... Mas as coisas do coração pertencem apenas ao coração e a ele cabe iluminar nossos dias feito um sol, ou escurecer nossas manhãs num nublado sentimento de abandono e solidão. No entanto, a abençoada resiliência me faz esticar toda nesta sensação que amanhã tudo irá ser diferente, tudo irá mudar...

Vou esticando minha paciência, vou esticando minhas recordações, vou esticando meu amor... E neste caminho solitário, contorno corações duros, sofridos e magoados, almas rancorosas e tardias, gente que ora pedindo a Deus que os livrem do mal mas que desejam o mal a seus semelhantes... Gente que não sabe, não vê, que o amor reconstituí-se a si mesmo, conduz, abre as portas, delibera, sonha, e, dia a dia, noite após noite carrega em si a certeza do perdão e a marca do "sim".

Linda noite.

domingo, 26 de agosto de 2012

Reconstrua-se

Reconstruir é um dos processos mais longos e solitários que a vida nos proporciona a cumprir as vezes, esta missão... Mas apesar de penosa e sofrida, é a mais autêntica expressão de nós mesmos, a mais confiável das promessas e a mais bela das conquistas.

Desconstrua-se se for necessário. Arregaçar as mangas e tomar as rédeas de seu destino aos trinta, quarenta, cinquenta anos é tão misterioso e ao mesmo tempo tão novo quanto aos vinte!

Se é para mudar, mude agora. Mude já!

Mas comece por você, por seus sonhos, por sua satisfação de ter algo concreto que desde o início só pertenceu a você, porque não somos um ser completamente formado e pronto. NÃO. Somos uma especie de ave do paraíso, um condor, que pode voar a alturas inimagináveis...E eu confio e acredito nisto. Sabe porque?

Porque tudo muda quando a gente se sente ferido, magoado... tudo muda, fica assim sem foco, sem cor. Tudo parece perder a importância quando nossa admiração, nosso amor ou nossa certeza é abalada... parece que nossas verdades não têm tanta importância, não é mesmo? A gente sofre porque é egoísta? - Não. A gente sofre porque é de direito sofrer, aprender com a dor é uma das escolas mais sofridas, dignas e solitárias que conheço... Por isso, reconstrua-se.

Tijolinho por tijolinho. Sonho e foco. Clareza e verdade...aos pouquinhos, bem devagarinho sua parede vai subindo e sua fortaleza sendo formada... A vida é assim. Sem saltos, sem grandes tropeços, a gente que as vezes tropeça nos próprios pés, ou, na maioria dos casos... acredita na prosa dos outros e caímos no conto do vigário... Mas não liga não sô; o dia vai amanhecer lindo amanhã e novas oportunidades irão surgir, você vai ver... Levante o rosto, reconsidere seus erros e acertos e reconstrua-se.

Nos encontramos logo a frente, ok?
Beijos meus,
Cau

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

A DIFICIL ARTE DE COMPREENDER E SENTIR…


Publicado originalmente em 4 de junho de 2011 

Compreendo a fome no mundo e a existência do desperdício, mas não compreendo o porquê desta equação ser tão equivocada.

Compreendo que as pessoas tenham pressa, o tempo se tornou metade das 24hs possíveis de realizar trabalho, projetos e tantos são os afazeres que a rotina pouco pode ser modificada… Compreendo este constante buscar do ser humano. Meio que automatizado a ser funcional, racional e na maioria das vezes egoísta.

Pouco ou quase nada cedemos.  É complicado sair dos parâmetros aos quais estamos acostumados. Há pouco tempo ouvi de uma pessoa querida que procura evitar conflitos e quanto menos dor ( no sentido de sentimentos) melhor; observando suas atitudes me vi intrigada.

Até que ponto o ser humano cede espaço para o outro se expressar como ele exatamente é? Até que ponto compreender e sentir caminham juntos e quando não caminham como reagir?

Eu sou intensa. Não consigo guardar para mim algo que me incomoda, me machuca. Tenho necessidade de expressar, de falar, ainda que escrevendo, como sempre o faço, mas confesso que nem tudo que compreendo sinto como minha verdade, minha essência. Então compreender passa a ser um processo de buscar entendimento, quase uma partilha entre o lógico e o que sinto como meu.

Tem gente que retêm para si e rumina aquilo como que quisesse extrair todo o liquido amargo da ofensa (se é que ela existiu) e engolindo aos poucos o fel vai meio que anestesiando a alma machucada e deixa o tempo passar cicatrizando suas dores emudecidas, outros se enfurecem e envoltas em seus medos e pesadelos são incapazes de conceber qualquer idéia que não seja exatamente igual a que pensam.

Queria entender o coração de este ser que tanto amo. Juro que queria. Entender quais conflitos se meteu para ter tanto medo de se mostrar pleno e pleno ser amado. Poder dizer-lhe que às vezes compreender não significa entender e por não entendermos muitas vezes deixamos que os sentimentos se percam… Mas perder-se neles é infinitamente belo se lançarmos nossos olhares com ternura e paz.

Conhecer os sentimentos das pessoas, entender as paixões que as movem e ouvi-las despirem suas almas como ninfas bebes… Tendo a certeza que apesar do outro ver a vida por uma ótica tão diferente da nossa o quadro que se pinta certamente tem haver com os dois e de fato é só para os dois.

Queria tanto que ele soubesse disso! Que compreendesse que cada ser tem suas razões para chegar aonde chegou e só por isso vale muito a pena sentir tudo que se tem para sentir…  Dizer que muita gente desiste fácil de sentir, porque tem dificuldade de se expressar. Muita gente desiste fácil de sentir porque é mais prático racionalizar, muita gente desiste fácil de entender porque esqueceu de sentir o outro em sua essência.

Talvez seja essa a maior dificuldade do ser humano hoje. Na pressa de tantos afazeres e compromissos, compreendemos, racionalizamos, marcamos encontros como marcamos reuniões de trabalho – se não der, desmarcamos e tudo bem – E não é bem assim que as coisas funcionam… A gente não encaixa os sentimentos do outro numa hora na agenda, em um intervalo entre uma atividade e outra…  Há de se cuidar do amor, ainda que seja breve, ainda que seja frágil.

Enfim, para encurtar a prosa… Desejo do fundo do meu coração que as dores da alma sejam sempre meu maior tesouro, porque só assim terei certeza de todo bem que fiz e do amor que pude oferecer.

Que todo meu amor seja nesta noite, flores sob seus pés.

Beijos meus.

APARENCIAS, NADA MAIS…


Publicado originalmente em 21 de junho de 2011 

Há talvez uns três ou dois anos atrás eu realmente acreditava que tinha conquistado amigos para toda uma vida e que o amor era como ganhar na loteria. Quem me conhece sabe o quanto sou otimista com uma série de coisas, mas estar no início dos 40 não é muito legal para uma mulher que absolutamente não se sente neles… rsss. Assim de uma forma distorcida, por falta de motivação, fui movimentando a roda de minha vida da melhor maneira possível.

Sorrir e demonstrar alto confiança chega a ser constrangedor nessas circunstancias, não é mesmo? Tente sorrir diante do espelho pensando em suas carências, seus medos mais profundos, suas mágoas mais sentidas e seus pseudos realismos. Não é uma tarefa fácil, o sorriso fica parecendo uma careta. Eu fiz várias vezes isso… E ria de mim mesma! Afinal, o que eu estava querendo provar ali, diante do espelho?

Vivemos em um mundo de aparências. Isso é tudo que posso dizer sobre isso. Eu com meu terror dos 40, o que parece significar a perda de qualquer aparência onde eu me reconhecia como gente. De frente para o espelho na verdade eu queria me preparar para estar de frente para alguns?  A resposta é: – Tente não fazer careta mais do que sorrir.

De alguma forma a alegria sempre esteve presente, e estará. A gente distorce tudo por apavorar-se e de uma forma equivocada damos de frente com a falta de motivação ou com o excesso dela como uma forma de fuga.

Neste final de semana, reencontrando com os amigos eu vi o quanto é complicado viver e ser autêntico num mundo que requer tanto de nossa aparência. E a complexa arquitetura que constrói o nosso eu, que nos torna únicos e não uma massa de iguais e por isso mesmo diferente nas opções de escolha e aceitação. É  isso o que finalmente me levou a repensar no que nos movimenta, nos faz ser único aos os olhos do outro e diante do espelho. O que nos move na trilha da felicidade… Viver é tão conflituoso, não? – Talvez seja apenas bastante complicado, mas estou confiante de que não possa ser a única a pensar assim.

Para GUTO, ELIAS, MATEUS, SIL E HUMBERTO.

Hoje.


Publicado originalmente em 9 de fevereiro de 2012 

Uma dor sentida e insistente me machuca a alma. Parecida com aquelas chuvas fininhas de final de primavera… Daquelas que não molham no começo, mas de tão constante, encharca o solo, invade a calçada, derruba árvore…

Dor que me corrói aos poucos, feito bicho carpinteiro que vai construindo sua trilha na madeira oca e estérea.  Vou ficando assim, doida e sentida, morrendo meus sonhos por dentro, vou sorrindo para o mundo que me rodeia.

Hoje queria o colo de Deus pessoalmente. Porque por ser sua filha talvez eu deva merecer, talvez eu deva…

É engraçado quando as coisas ditas ruins acontecem, aquelas que a gente espera e sabe que um dia irá chegar, mas que no fundo acha que vai morrer sem ver acontecer… E elas chegam. Chegam e ponto.

Cresci sabendo que uma parte da minha história seria acrescentada logo à frente. Tal qual bônus por participação, brinde por ter nascido… E eis-me aqui, sem rumo, mas agradecida pela oportunidade que a vida me dá de novamente aprender com a dor. Sem um centil de certeza se estarei firme quando aqueles que mais amo precisarem, mas aqui. Plena, com meus joelhos dobrados orando, com minhas lágrimas alinhavando meu rosto, com meu coração quebrantado, e meus braços abertos oferecendo o que ainda sobra de uma mulher, de uma menina, de uma essência.

Que Deus nos ajude e nos ampare, agora e sempre.

Cláudia

Lembranças…


Publicado originalmente em 18 de janeiro de 2012



“… Tinha cheiro de Maraschino, não sei. Mas era um amor intenso e selvagem como as cerejas…”

OS SONHOS E O BARQUEIRO…


Publicado originalmente em 11 de janeiro de 2012 


O que fazer, amigos, quando o amor nos sabota a alma? O que fazer com este legado que ele nos deixa sob o manto de tamanha dor? E o que fazer, caríssimos confrades, com o seguir das horas, o adiantar dos dias, o angustiar dos meses que se passam rotineiros e vazios?


Esgotaram as tentativas. Os sonhos embarcaram junto com o barqueiro da morte e se vão rumo ao ritual do passar dos dias. Talvez novos sonhos venham no anoitecer tardio do tempo… mas nenhum outro será como o amor que parte.

E que Hades o proteja.

Luto numa noite tranquila.


Publicado originalmente em 10 de janeiro de 2012 


Não é exatamente uma tristeza. NÃO. É uma estranha e confusa sensação de derrota, mágoa e rancor. Um quase luto.


Porque o luto tem disso né? Negação, inércia, dor, revolta, desanimo e uma aceitação meio frustrada porque no fundo a gente não entende. O luto é o processo mais estúpido e também o mais doído que o ser humano passa. Estúpido, porque é fato que todos nós iremos em algum momento da vida vivenciá-lo e então o correto seríamos nos preparar para ele, assim como os orientais, mas… somos só apegos.

No começo somos apegados a nossa família, aos amigos e princípios, depois somos apegados a matéria, a roupa de marca, ao carro do ano… Se tivermos um pouco mais de sorte e sentimentos puros na alma, conseguiremos ter algum tipo de apego a alguma pessoa. E se essa pessoa não te valorizar… você estranha, enlouquece, não entende… e enlutece. Estupidamente… enlutece.

Hoje meu luto é por mim mesma. Por ter vivido um amor que não foi partilhado ou compartilhado. Não curtimos bons momentos com os amigos, não apresentamos nossas familias. Fomos egoístas o bastante para achar que uma noite tranquila nos bastava.

Não sofro por mim ou por ele. Não estou triste pela história que já finalizou… meu luto é por uma noite tranquila que deixei para trás.

domingo, 19 de agosto de 2012

Bombons e Beijos Roubados.

 .... E então, depois de tudo um beijo foi roubado.

Algumas coisas na vida não tem explicação. Simplesmente acontecem. É assim para aquelas amizades instantâneas e também para aquela situação em que você não "vai com a cara" do sujeito... Tem amizades que se tornam sólidas nos tijolinhos construídos dia a dia e tem outras que findam-se no sopro do tempo... E assim o mundo vai girando sem pressa e também sem pressa alguma as coisas vão se chegando em seus devidos lugares. Não tem como explicar, não tem como apavorar, não tem como correr...

A algum tempo atras, conheci uma pessoa que se tornou um amigo querido e depois, cúmplice de várias histórias; pense você em um sujeito meio atrapalhado, um pouco tímido, um pouco ansioso e muito, mas muito carente... Pois é, este "Ser" caiu de para quedas em minha vida e hoje é meu melhor amigo, o irmão que escolhi nesta vida. Sim, porque há irmãos que a gente escolhe, sabia?

Nos chamamos um ao outro de "Bombom" é um jeito carinhoso e doce de mostrar ao outro que a vida pode ser doce e terna, apesar das barreiras de tantas coisas impostas pelo destino. Muitas vezes nos consolamos, rimos e compartilhamos aventuras...

Hoje Bombom veio almoçar aqui em casa, na verdade ele fez meu almoço! Coisa mais gostosa, poder receber quem a gente ama e confia... Saber como está, o que tem feito e rir das bobagens da vida... Sei que ele me mima muito e este mimar é que me dá a sensação que não estou tão sozinha, tão desprotegida.

O caminhar da gente pode ter muitos caminhos turvos, muitos percalços que a gente não sabe explicar bem o porque e pra quê; pode acontecer tantas coisas inusitadas... Tanta gente vem e não diz nada, e vai embora sem deixar o seu recado... E outras tantas a gente fica lamentando a sua ausência, se sentindo meio culpado por não ter tido tempo ou oportunidade de dizer o quanto ama... Olha, depois que assisti este vídeo aqui http://youtu.be/Vx-b50M2OJA prometi pra mim mesma que não vou nunca mais deixar passar a oportunidade de dizer a quem eu amo, e principalmente a quem me ama, que esta pessoa é importante e significa muito para mim. E porque de tudo isso?
....

Bem, é que quando meu bombom foi embora, acompanhando ele até o ponto de ônibus, roubamos mudas de singelos beijinhos... e rindo muito pelas ruas, como duas crianças traquinas, eu vi o quanto a vida pode ser mais bonita e leve quando se tem a doçura de bombons no peito e beijinhos roubados nas mãos.

...

Seja doce.


quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Assegure-se que sua vaca não vá para o brejo. – Como trabalhar sua falta de tempo.


Originalmente Publicado em 24 de junho de 2011 


Cada um de nós tem um monte de demandas em nosso tempo, temos imprevistos que sempre acontecem, amigos, familiares e parentes que buscam em nossas poucas horas de folga um refúgio para suas inquietações e respostas para seus problemas. Pode parecer uma grande bobagem, mas tudo isso é real e acontece todos os dias com milhares de pessoas em todos os cantos do planeta e uma vez estabelecida a conexão de que temos tempo livre para os outros – lá se foi nossa esperança de uma vida pessoal decente, indo ladeira abaixo. É à hora de assegurar-se, meu amigo, de que sua vaca não vá para o brejo!

Trabalhar no nosso tempo e poder usufruir do mesmo para as outras atividades, construir afetos e poder dedicar às pessoas que gostamos, realmente está se tornando uma grande e complexa estratégia de marketing pessoal. É sério!

Ou você organiza seu tempo, otimizando-o e começa a dizer não para alguns insatisfeitos mesmo sabendo que haverá surpresas pelo caminho, caras fechadas, incompreensão de todas as ordens… Ou a sua vaca vai pro brejo meu amigo, e você, sua vida pessoal e sonhos futuros dançam!!!

Grave  isso e tenha coragem em repetir: – ORGANIZE SEU TEMPO E COMECE A DIZER NÃO. AFINAL VOCÊ NÃO É INSUBSTITUÍVEL!!!

Vai gerar frustração a principio naqueles que estão mal acostumados, vai parecer que está com má vontade de ajudar, que é temperamental… Mas essa é a receita para começar a criar um novo estilo de vida para você.

Gostar das pessoas e poder ajudá-las é muito prazeroso e de fato é importante. Mas é necessário que elas aprendam a entrar em seu ritmo e dançar conforme a sua música e não você dançar conforme a música delas!… E pessoalmente você, na maioria das vezes que eles te procuram, tem outra canção tocando em seus ouvidos!

A culpa não é deles e nem é de você. Muitas vezes o vinculo da confiança é mais profundo e amplo que imaginamos, mas crie coragem de pegar a sua vaca e sair correndo do brejo, meu filho, porque o atoleiro é certo. E pode acreditar que nem sempre você é a última opção de ajuda, na maioria das vezes é a primeira!!!

… Depois de uma semana sozinhos, eles vão ver que deram conta de resolver seus problemas e que de fato estavam muito mal acostumados. É um desafio a principio. Dói sermos forçados a dizer não para um ser que nos chega como uma criança de três anos a nos chamar a atenção. É mentalmente desafiador até de imaginar o ciclo de dor e constrangimento que determinado “Não” pode ocasionar, mas o que não se destina a você deve mesmo pertencer aos outros.

Tornar-se exigente consigo e com aqueles que amamos é abraçá-los na hora certa e saber conduzi-los a medida de seu tempo e disponibilidade. Mostrar-lhes que há outras possibilidades de caminhar e que você tem seus sonhos e objetivos e nem sempre dá para parar tudo por eles.

Pegue sua vaca, amigo. E comece a procurar um lugar seguro. Se estiver disposto a seguir em frente e alcançar seus objetivos. Afinal, o que você pode fazer para o outro agora que vai fazer a diferença? E você? Vai conseguir manter-se no foco? Seus afetos entenderão esta “forcinha” que está dando ao amigo? Mais uma vez te pergunto: – Você é INDISPENSÁVEL nesta questão? Eu ultimamente tenho tido uma reação no mínimo curiosa, quanto aos meus objetivos futuros. O que eu não posso fazer diferente, eu nem sequer penso em possibilidades. Escolhi minha trilha e vou que vou. Engulo seco certas vezes e tenho evitado o não, mas tenho um objetivo à frente e se para alcançá-lo eu tenho diminuir o ritmo, diminuo. Assim, para quem nem pensava em construir laços, vou fortificando os meus.

Algo que eu pensava que era impossível de fazer eu agora faço. Não questiono.  Observo e vou vendo como o outro também funciona, qual é o seu tempo. Resolvi tirar minha vaca do brejo e agora estou tomando um solzinho da tarde e vendo como funciona este momento. Sem me sentir culpada pelos “nãos” que tenho sido obrigada a dar. Sendo criativa comigo e com o outro, respeitando seu espaço e seu tempo. Eu simplesmente deixo as coisas seguirem seu curso. O meu medo era o que estava me impedindo de ver a outra parte do todo.

Não sei se é do jeito que eu queria que fosse, mas é o meu momento que está sendo trabalhado agora e não o de um amigo, parente ou conhecido. É algo único, exclusivo e acredite edificante! Ter tempo para minhas questões pessoais, meu trabalho e projetos… Então, toda manhã ao acordar, peço a Deus que meu caminhar seja suave para que eu possa aprender e poder aos poucos definir meu tempo e espaço no tempo e espaço das pessoas que eu amo tanto, e que não as atrapalhem caminhar enquanto estamos presentes nesta trilha que agora sigo, e se eu não fizer isso por mim agora estarei sendo resistente ao meu caminho e empacando minha vaca em algum brejo de novo…

De alguma forma, estou começando a observar os acontecimentos sob uma nova ótica e  o horizonte que se descortina me parece bastante promissor. Estranhamente, parece que estou menos cansada hoje fazendo muito mais coisas para mim do que fazia antes, e com mais e mais projetos pessoais a querer compartilhar. Ando bem melhor-humorada também, apesar de se levantar mais cedo. Definitivamente, muito menos frustrada! – Que incrível este poder de mudar nossa situação quando saímos de uma zona de conforto!

Estou feliz com o resultado do não resistir e isso não é propaganda enganosa!

Tirar a vaca do brejo realmente pode estar mudando minha vida.

Isto é o que vem funcionando para mim, mas todo mundo tem suas próprias soluções, então, como você faz com o seu tempo para dedicar a você?Como você lida com a resistência, seja qual for a forma que assume para si?Como é que você arraste os ponteiros do relógio para extrair mais tempo para si mesmo fora de um dia agitado? E principalmente, como você faz para resolver as coisas quando vê sua vaca indo para o brejo?

... Relicário



Espero chegar adiante como testemunha de mim mesma... nem vazia de sentimentos e nem carregada deles... apenas uma modesta observadora da vida, contemplando como ela flui em mim com todas suas nuances e todas suas singularidades.

Acho que isso deve ser Plenitude.

O que aconteceria se sua “vaquinha” morresse?


Publicado originalmente em  

No final do ano passado recebi um e-mail do amigo e palestrante Márcio Okabe. Um texto singelo mas cheio de questionamentos, e por incrível que possa parecer, repassei este e-mail a vários amigos e parentes, desejando que em 2012, todos eles “matassem sua vaquinha”.
Muitos não acreditam na força que tem o destino. Eu acredito. E hoje,  meu irmão se lembrou desse texto e aplicou brilhantemente na nossa vida atual. Sem que nos dessemos conta, o destino está nos fazendo empurrar a nossa vaquinha morro abaixo!
Cabe-nos nos preparar para o que está por vir. Compartilho com todos este texto, desde já agradecendo o amigo Márcio Okabe e dando ao mesmo todos os créditos.
O que aconteceria se sua “vaquinha” morresse?
Um mestre da sabedoria passeava por uma floresta com seu fiel discípulo, quando avistou ao longe um sítio de aparência pobre e resolveu fazer uma breve visita. Chegando ao sítio, constatou a pobreza do lugar.
Os moradores eram um casal e três filhos, vestidos com roupas rasgadas e sujas.
O mestre, então, aproximou-se do senhor, aparentemente o pai daquela família, e perguntou:
- Neste lugar não há sinais de pontos de comércio e de trabalho. Como o senhor e sua família sobrevivem aqui?
E o senhor respondeu:
- Meu amigo, nós temos uma vaquinha que nos dá vários litros de leite todos os dias.
Uma parte desse produto nós vendemos ou trocamos na cidade vizinha por outros gêneros de alimentos, a outra parte nós produzimos queijo e coalhada para nosso consumo, e assim vamos sobrevivendo…
O sábio agradeceu, contemplou o lugar por uns momentos, despediu-se e foi embora.
No meio do caminho ordenou ao seu discípulo:
- Pegue a vaquinha, leve-a ao precipício ali na frente e empurre-a. Jogue-a lá embaixo!
O jovem arregalou os olhos, espantado, e questionou o mestre sobre o fato da vaquinha ser o único meio de sobrevivência da família.
Mas, como percebeu o silêncio absoluto do mestre, foi cumprir a ordem e viu a vaquinha morrer.
Um dia ele resolveu largar tudo o que tinha aprendido e voltar naquele mesmo lugar e contar tudo àquela família.
Pedir perdão e ajudá-los.
Assim o fez, e quando se aproximava do local, avistou um sítio muito bonito, com árvores floridas, todo murado,  e algumas crianças brincando no jardim.
Ficou triste e desesperado, imaginando que aquela humilde família tivera que vender o sítio para sobreviver.
Foi recebido por um caseiro, e então, perguntou sobre a família que ali morava há uns 4 anos e o caseiro respondeu:
- Continuam morando aqui.
Espantado, ele entrou na casa e viu que era a mesma família que visitara antes com o mestre.
Elogiou o local e perguntou ao dono da vaquinha:
- Como o senhor melhorou esse sítio e está tão bem de vida?
E o senhor respondeu:
- Nós tínhamos uma vaquinha que caiu no precipício e morreu.
Daí em diante, tivemos que fazer outras coisas e desenvolver habilidades que nem sabíamos que tínhamos.
Assim alcançamos o sucesso que seus olhos vislumbram agora!”
Todos nós temos uma vaquinha que nos dá alguma coisa básica para sobrevivência e uma convivência com a rotina.
Descubra qual é a sua e tenha coragem para empurrar sua vaquinha morro abaixo e construir algo de novo!
Sem desafios não há conquistas!

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Ronan Keating - If Tomorrow Never Comes


As vezes tarde da noite
eu fico acordado e observo-a dormindo
Ela está perdida em sonhos pacíficos
Então apago a luz e fico na escuridão
e o pensamento cruza a minha mente
Se eu nunca acordar de manhã,
Será que ela, em algum momento,
duvidaria do que sinto por ela no meu coração?
Se o amanhã nunca chegar,
Ela saberá o quanto eu a amo
Eu tentei, de todas as formas, mostrar para ela todos os dias
Que ela é única pra mim
E se meu tempo na terra acabasse,
Ela teria que enfrentar o mundo sem mim
o amor que dei pra ela no passado
Será suficiente para durar,
se o amanhã nunca chegar?
Porque eu perdi pessoas queridas em minha vida
Que nunca souberam o quanto as amei
Agora eu vivo com o arrependimento
Que meus verdadeiros sentimentos por elas nunca foram
revelados
Então eu fiz uma promessa a mim mesmo
Dizer todos os dias o quanto ela significa pra mim
e evito a circustância onde não há
uma segunda chance de dizer a ela como me sinto...
Então diga a pessoa que você ama
Exatamente o que você está pensando
Caso o amanhã nunca chegue...

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Flores na janela...




Oi mãe. Mais um ano que passamos distantes e ao mesmo tempo tão perto, não é mesmo?

Seu mundo, mãe, é onde sonho, onde sinto, onde meu olhar mareja e o meu coração me permite estar... Sinto sua falta mãe. Também sinto muita falta do tempo que não tivemos tempo.

Este ano seu aniversário coincidiu com o dia dos pais; é surreal isso, duas datas tão importantes para pessoas que amo tanto e que não poderei abraçar. 

Me lembro de você  sempre, embora tenha esquecido um monte de coisas para suportar sua ausência... E como defesa ou como benção, da infância me lembro bem pouco. Mas sinto sua falta nas horas em que dá vontade de compartilhar algo de bom ou de ruim que acontece comigo, nas febres, gripes e dores de cabeça... Nos dias das mães, nas festas de final de ano, e na doce lembrança das suas flores a enfeitar a casa... Sua coleção de samambaias choronas e suas pequenas  violetas... eram tantas e de tantas cores!!!... Ficaram na lembrança, mãe, ficaram na lembrança.

Saudade doída e sentida essa que nos permite relembrar o que finge esquecer, saudade infame que nos obriga a carregar feito fardo, esta certeza que os dias passam devagar demais, e que embora os cabelos brancos comecem a aparecer, as pequenas marcas de expressão comecem a amadurecer meus dias, ainda assim, me pareço com você, e talvez essa semelhança que nos aproxima seja a que me faça refletir dia a dia, no que poderia ter sido com você aqui.

Não consegui me tornar a mulher independente e altiva como você era. Nem tão elegante... Mas adquiri um bom gosto para música, vinhos e gastronomia (embora cozinhe muito mal) no entanto, mãe, nem de perto cheguei a ser a mulher que você foi. Nem de perto. Choro vendo novela, choro atoa, para falar a verdade, sou mais sensível, mais poética, deveria ser mais dura, mas não consegui empedrecer meu coração... E por isso, mãe, acho que ainda vou sofrer um bocado.

Domingo, deixarei flores na janela para você... Na esperança que ao você abrir as sua janela ai em cima, as veja aqui em baixo... e as receba com todo meu amor, toda minha saudade e toda a falta que você ainda me faz.

Beijos meus,
Cláudia