segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Impressões de agosto para uma garota de marte.

Recentemente revi uma amiga que já foi a minha única e talvez a melhor cúmplice que eu poderia ter... Um malfadado equívoco rebelou o deus Marte e ele de alguma forma  nos separou... Deste desencontro de opiniões e gênios me fez repensar melhor nesta amizade e acho que ela também fez o mesmo. Seguimos nossos caminhos e sempre que eles se encontram é com prazer que a recebo e me interesso por seus passos, por sua família e só. Quero-a bem, mas já não é mais como antes... Dito isso, me proponho a ser a melhor amiga distante que ela pode ter. A que pode escutá-la nos momentos casuais e na informalidade do momento sorrir com parcimônia ou abraçá-la com real e sincero desejo de vê-la bem.

A impressão que tenho desses descaminhos é que me faltam palavras para "incrementar" esse novo interesse, essa nova amizade... Não me falta confiança, falta-me justamente o oposto! - Falta-me o acreditar que pode ser novamente uma grande amizade, desinteressada, leal, sincera...

Hoje ao revisar  novamente esse sentimento e essa amizade que ficou ao avesso, me pergunto se poderia ser ela a minha confidente, cúmplice e ouvinte... Se me sentaria ao seu lado e tocaria sua mão com sinceridade nos olhos e no coração; se poderia dizer-lhe dos meus caminhos trilhados, dos tombos, das lágrimas e das inúmeras vezes, que, sem norte, tentei dizer-lhe que poderia estar mudada, mas de todas impressões que ela poderia ter de mim agora: Eu, este novo ser que sou - sou-lhe ainda a mais fiel de suas amigas distantes e também a mais imperfeita delas... E talvez, por isso mesmo, por tantas cicatrizes deixadas em nosso passado, outra nova história pudesse ser escrita... Eu não sei.

Ainda quero dizer-lhe, qualquer dia desses, sobre tudo isso e também revelar-lhe minha alma cansada desta guerra insana e desleal que travamos uma com a outra...Da aridez de meus dias emoldurados em um sorriso triste toda vez que a vejo, neste enigma cinzento que traduz minha alma dolorida por ainda sentir sua falta e num castelo de fantasmas solitários que zombam de nossas estranhas vidas vazias.

Reencontrar uma amizade que foi tão importante e que agora não passa de um "Olá, como vai" faz a gente pensar nas marcas que a vida vai nos deixando.... Tenho, além dela, outras marcas, outras cicatrizes... Tão ou mais profundas, tão ou mais doloridas, e uma, em especial, que tenho até medo de pensar nela, de tocar em suas marcas, de rever, na intimidade de meu ser, sua face de névoa... Rever um passado que não passa é mesmo muito estranho.

Boa noite pra quem é de boa noite.
Bjs.



segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Fragilidades... Fragmentos de uma mente cansada.

Já faz algum tempo que venho mantendo o hábito de "pelo menos tentar" manter minha mente contemplativa em desperto. Digo tentar porque nem sempre os pensamentos me deixam em paz. Tem vezes que estar serena é muito mais complicado que eu possa almejar conquistar.

A mente contemplativa independe da visão religiosa da gente... É um estado de espírito que uma vez desperto, traz a tona toda a subjetividade do "Amor" que transcende. Assim; nos momentos de trabalho e dinamismo, o amor flui em dose extra e esparge diante do cansaço físico e porque não, mental. É um refrigério, um conforto, um gaz a mais na hora de decidir entre ser mais um ou ser o diferencial. Também é aquela sensação íntima diante das fragilidades - sejam nossas ou externas - do mundo.

Sou um arquipélago de fragilidades. Todas incoerentes, o que é bem pior. Mas são essas incoerências, tão minhas, que traduzem essa vontade maior de acertar lá na frente. Lá onde o ponto final sinaliza que o sucesso ou o fracasso foram constatados.

Já atropelei um monte de sonhos por causa de minhas fragilidades e também por minhas deficiências... Mas o pior mesmo, foi deixar minha mente inquieta remover montanhas de pensamentos tortos, escarafunchar elos perdidos de minhas ilhotas frágeis. Xeretar a mente nem sempre é um bom negócio.... Cheguei a essa conclusão com o passar dos anos.

Sob esse monte de pensamentos soltos, vagos e distintos, te pergunto: O que fazer diante de suas fragilidades, questionamentos, medos, apegos e inertes sonhos?

A resposta está no desapego e na urgente necessidade de contemplar o tempo presente com mais brandura, com mais amor... Porque tudo mais vira fragmento. Pedrinhas que vão marcando nosso caminho. E a trilha é longa, caros amigos.

PS: As vezes admirar o céu azul enquanto viaja em um ônibus lotado a caminho do trabalho também é uma forma de manter a mende desperta...

Boa noite, pessoal.

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

AGOSTO...


E agosto chegou trazendo consigo os ventos... Gosto deles. Levam pra longe lembranças tristes enquanto desfazem meus cachos... Agosto traz em si aquele mistério invernal do quase... Quase frio na espinha de tanto medo do futuro, quase alegria e contentamento pelo sol fraco e sem sal, mas que aquece nossos dias cansados. É um quase alívio ou uma quase dor... Sempre achei isso. Agosto é para mim o mês do quase... Então que seja o quase mais intenso e oportuno que possamos ter, não é mesmo?
Bem vindo Agosto.... e que seja a gosto de Deus.
Benção e paz para todos.