segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Na Corda Bamba do Sentimento...

Equilibrar-se. Ah! Como se pudéssemos ser equilibristas em nossa monótona diretriz dos dias... 

Caminhar em uma corda bamba dos sentimentos e sensações que nos torna fortes e frágeis; meninos e senhores de nosso destino...

Equilibrar-se. Como pode ser tão comum isso, sendo assim tão complicado de expressar? 

Toda nossa existência se baseia em sentimentos e sensações, num pulsar que se repete dia após dia, da hora que nascemos até nosso último fechar de olhos... Somos todos feitos de sentimentos mistos num respirar e pulsar que nos eterniza e nos condena a sermos únicos, miseravelmente únicos. E eu explico: Todo ser vivo é único em sua existência, em seus potenciais e seus valores - da planta que você rega e enfeita sua janela, o cachorro que faz festa a sua chegada, o pássaro que voa livre sob o céu; e você, que se sente as vezes tão comum e tão sem estímulos.

E justamente quando você se sente assim, comum, todo o resto se torna melhor que você e todo seu ser se torna miserável, embora conserve em seu cerne, todas as potencialidades... Então  você se esquece que tudo que procura está em você e não no meio que vive, não na corda bamba que divide seus sentimentos e emoções...

É horrível se sentir inferior, principalmente quando este sentimento se torna maior que sua vontade!

Perdemos a alegria e o entusiasmo, perdemos nosso brilho... Sabe quando olhamos para dentro de nós mesmos e vemos uma prisão? Consegue entender isso? É praticamente sobre um abismo que sentimos nossos pés balançarem em nossa corda bamba... É precioso demais este momento também, porque é nesta hora que ouvimos nosso coração dizer de forma consciente, que precisamos ousar. Ousar no sentido de ficarmos bem com nosso ser ou libertá-lo desta prisão... E se conseguimos fazer isso, deixamos de ser miseráveis. Passamos a não ceder mais às estratégias da razão.

A gente cria armadilhas de todos os jeitos, já percebeu? Temos medo de ter medo!!! Olha só que loucura!!!
Mal sabemos andar na nossa trilha de forma correta e harmoniosa e já estamos tirando conclusões erradas sobre o que virá pela frente - Essa brincadeira de tentarmos sermos Deuses simplesmente não dá certo. NÃO SE PODE ESCRAVIZAR UM SENTIMENTO. - Isso mesmo. Não estamos engessados, somos fluidos, somos etéreos, somos essência, não há como a consciência aprisionar nossa essência. Lindo isso, porque significa que por mais bamba que esteja nossa corda, e mais trabalho tenhamos em nos equilibrar, não importa para que lado dela sejamos lançados feito pequenos pêndulos, não importa os azares, os perigos e os equívocos.... Nada disso importa! É sério!

Nada disso importa porque você se torna um descrente, e assim, o imprevisível pode acontecer. O novo pode aflorar e mostrar-se como ele de fato é. Olha quanta magia há nisso! 

O imprevisível é a vida que pulsa. É a vontade da existência, os sentimentos não rejeitados se tornando libertos.

Seja um "descrente" e observe que tudo que sua consciência, por medo, aprisionou, cai por terra. Tudo se reduz como se fossem poeira! Se você for um descrente de seus medos, sua natureza passa a reavaliar o mundo que o cerca, de outra forma, sem adulterar-se, sem torturar-se demais por incapacidade de saber se seguirá em frente em sua corda ou cairá para algum lado.

E daí se cair? Pode ser bom também ver as possibilidades de quem está ao seu lado, e ao seu lado caminha... E daí se seu foco modificar? Quer grandeza maior em poder progredir e avançar descobrindo novas possibilidades e novos valores? E daí se seus amigos já não são seus amigos e se seu grande amor deixou de existir? Construa novas pontes, respire novos ares, busque transformar-se a si mesmo.

Cada sentimento pode e deve ser construído e lapidado. Expurgado ou abençoado. Cabe a você identificá-lo e transformá-lo dentro de si. Equivaler-se não é fácil, nunca foi e jamais será. A boa notícia é que nada poderá escravizar aquilo que você traz dentro de si. - Que seja AMOR, então.

Love.
Cau Oliveira






Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe seu comentário... adoro ler o que você pensa!