sábado, 27 de outubro de 2012

No Próximo Verão...



NO PRÓXIMO VERÃO...

- QUERO VADIAR POR PARIS...
TOMAR SORVETE PRÓXIMO A TORRE EIFFEL; DEBAIXO DA DAMA DE FERRO,
DEITAR NA GRAMA,OUVIR CHICO BUARQUE E CANTAR "

"Como, se nos amamos feito dois pagãos
Teus seios inda estão nas minhas mãos
Me explica com que cara eu vou sair "

DEPOIS CAMINHAR,CHORAR,RESPIRAR
RETORNAR A LUGARES QUE APAIXONEI-ME...
E DEIXAR QUE O CORAÇÃO NAVEGUE PELAS AVENIDAS DA VIDA.

GU DEAN,OUTUBRO 2012

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

O Homem Francês... Au revoir mon cher

Caminhando a esmo pelas ruas de minha cidade, contemplo as flores de Ipês caídas ao chão formando um tapete colorido e já desgastado pelo passar das horas. É noite na capital mineira. Tento me recordar nos motivos que levaram a minha decisão de me esquivar de Franck e todos, absolutamente todos os caminhos me levaram ao medo. O medo é um verme mesmo, que vai corroendo nossos sonhos e esperanças, sejam elas quais forem.

Compreender isso tantos anos depois e passados tantos outros relacionamentos após esse affair, noto que estou mais espontânea e mais desarmada hoje do que antes, estou também muito mais vulnerável, é bem verdade... E tudo isso devo a ele, que me ensinou, aos poucos a ser exageradamente sem medidas e sem reservas quando se trata de amor e também me ensinou a ser fluida, lenta e suave quando tiver que ser...

Acho que me tornei mais Parisiense que poderia supor, e estranhamente gosto disso. Gosto dos hábitos que adquiri aprendendo com ele e sem perceber não abri mão... Gosto dos finais de tarde ao sol de inverno  na varanda  a ouvir boa música e degustar um vinho, ou simplesmente para ler um livro enquanto ouço o alvoroço dos pássaros em um parque ou praça; e das manhãs e anoiteceres sob um céu lindamente púrpura... Ah! Como gosto de descobrir e ouvir canções de músicos que quase ninguém ouve ou desconhece... Visitar galerias de arte e tomar um café enquanto rabisco algumas idéias.... Vivi tão profundamente Paris sem nem ter pisado lá que fecho os olhos e me vejo na Pont d'Iéna, cruzando o Rio Sena, na direção dos chafarizes e do Palácio de Chaillot...

Acho que um dia talvez eu vá a Paris. Claro que sem o apego da imagem de Franck ou recordações desta lembrança.... Na verdade nem há apego, só lembranças de um sentimento que me construiu e que de alguma forma pertencem a mulher que sou hoje. Mas quero sim, ver Paris de perto, ouvir e sentir os ares desta cidade, passear a noite sob a Torre Eiffel iluminada e claro, tomar um bom vinho!

A presença de Franck se tornou uma imagem apenas, uma recordação, um critério a mais nas escolhas amorosas que faço, afinal, mulher nenhuma deve contentar-se com menos que um coração repleto de sentimentos e um sorriso encantado! Não se pode escolher um amor ao meio e cheio de objeções, ou, conformista, engessado em conceitos formais demais... Não. O amor é aquilo que nos distrai, nos acaricia a alma e acho que deve ser assim, meio hippie, sem regras por vezes, sem torturar-se no ciume e no medo de se perder... Até mesmo porque, perder-se por amor é lindo demais!

Meu grande erro foi ter tido medo, enfim. E o medo destruiu a ponte que me levaria a algo que nunca mais irei conhecer e saber... Mas me revelou um novo horizonte e acendeu-me em esperanças... E com elas vieram todas as oportunidades futuras de viver novamente, e quem sabe, desta vez de fato, um grande amor.

Ao revoir!

terça-feira, 23 de outubro de 2012

O Homem Francês...‏ Como tudo começou

Em 2009 encontrei com uma prima em uma festa e numa conversa informal soube que ela tinha tido vários encontros com pessoas através de sites de relacionamentos, e que como não havia aparecido ainda seu príncipe, continuava em sua busca - muitos risos, muita conversa sobre a validade ou não desta opção a mais para se encontrar o cara certo e eu cheguei a conclusão de que valia a pena tentar e lá no fundo me perguntava: - Como eu não pensei nisso antes?

E ai, comecei a caça aos gatos, só que, só apareciam ratos!!!

Era gente de todo tipo e biotipo, do pagodeiro baixinho e careca, ao professor viúvo, gordo e cheio de filhos... Nada que me fizesse acreditar que poderia valer a pena confiar ou levar a sério este tipo de busca, até que para minha surpresa, meu irmão mais novo encontrou a atual esposa dele naquele mesmo site. Pronto. Estava aberta a temporada de caça aos gatos com maior abrangência; e comecei a procurar em outras cidades e estados também. (Sim. Eu estava desesperadamente solitária e para ser muito honesta, começando a ficar com medo de ficar encalhada para sempre e sempre é tempo demais, não é mesmo?)

Foi assim que meu perfil e o do meu amor francês tiveram 100% de afinidade e compartilhei uma piscadinha!

Ele retornou a piscadinha, escreveu uma mensagem em um português sofrível e já adiantando desculpas por isso, foi revelando, aos poucos, em mensagens cada vez mais gentis, delicadas e românticas, todo seu charme e encanto. Trocamos e-mails, fotos, compartilhamos músicas, compartilhamos afinidades e aos poucos fomos tomando conhecimento um do outro, criando laços.... E ao contrário dos brasileiros que imediatamente querem conversar pela web cam, ele se mostrou tranquilo em esperar a minha hora, respeitando meus medos, inseguranças  até que finalmente, num sábado de muita chuva em Paris e um sol saariano em Belo Horizonte, o vi pela primeira vez.

E ele segurava uma rosa nas mãos e a beijava, dizendo que era para mim... E como um sonho, ia me situando naquele novo cenário que aos poucos descortinava...Um começo virtual normal para as modernidades contemporâneas, mas absolutamente sensível e impregnado de doçura, como um conto medieval.

E foi assim que eu disse: Oui mon amour. E o aceitei como ele era, com todos os dilemas e incertezas, com toda a calma para criar e sonhar um amor que poderia ou não ser realizado aqui ou em Paris, e como Paris sempre será o paraíso dos príncipes, sapos, gatos e ratos... Sonhei.


Attendez que le reste de cette histoire ...

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

O Homem Francês...

A mais ou menos uns cinco anos atras, tive uma paixão avassaladora por um militar francês. Mesmo sabendo da distancia e das inúmeras implicações que esta paixão traria, não me contive e dei asas as borboletas de minha alma... Todas elas, voaram livres e soltas por mais de um ano, numa relação virtual descompromissada, mas cheia de charme europeu.

E era uma delícia vê-lo pela web cam ou ouvir aquela voz com um sotaque forte a dizer que estava morrendo de saudades, sem mesmo me conhecer, ou, receber mimos como caixas de bombons e postais de Paris... Com tantas confidencias e trocas de fotos, e-mails e planos, ainda assim, a razão falou bem mais alto e nunca o vi. Quando ele finalmente veio ao Brasil, não tive coragem de ir ao encontro dele, e com isso, é claro que nosso pequeno romance virtual chegou ao fim.

Hoje me pergunto se foi tão avassaladora assim esta paixão e se eu deveria ter ousado mais, me exposto mais, ainda que tudo não passasse de uma ilusão ao encontrá-lo pessoalmente.

Relendo alguns dos e-mails, vi que naquele momento estava tremendamente carente, já estava sozinha a algum tempo e na verdade, tudo o que ele fez foi dar espaço para que pudesse ser eu mesma. Cativar é de fato muito fácil, é só dar atenção, carinho e dizer a verdade ainda que na verdade não se saiba o que se sente. Neste momento, revendo os e-mails e fotos, vi que nem eu e nem ele sabíamos de fato a onde aquilo tudo iria parar, nada era compromissado o suficiente para se criar um vínculo, embora houvesse de certa forma, presente nas espontâneas mensagens e nos encontros marcados pela internet... Claro que ele poderia ser casado e ter mentido, claro que ele poderia ter outras paixões virtuais tão carentes como eu a ponto de se deixarem seduzir pelo belo e charmoso homem francês. Mas pensando bem, carente ou não, que mulher ou homem não se sente mais vivo, mais intenso quando apaixonado? Ainda que essa paixão não seja a premissa de seus dias, ou a certeza de que tudo irá mudar? Este jogo de sedução, que une olhares, vontades, sonhos e desejos não pode ocorrer também entre você e alguém do trabalho ou quem sabe seu vizinho?

Entre tantas pessoas, encontrar alguém que te escute e que te revele seus sonhos... Que te faça sonhar como ele sonha, amar como ele ama e desejar com todos seus medos e seus anseios  ir de encontro da felicidade, ainda que por um período curto, ainda que projetando no outro como uma tábua de salvação da coerente e vazia sombra dos dias sempre tão iguais. Encontrar alguém que como você, deixar-se seduzir, deixar-se levar e enamorar-se, para quem sabe, um dia encontrar de fato o prazer de ser feliz, apesar da rotina.

Merci mes amis.



sexta-feira, 19 de outubro de 2012

No embalo do Hip Hop...

Confesso que tinha um certo preconceito com a turma do hip hop e rappers... Gente que fala "a rua é nóiz" não dava para levar muito a sério - eu pensava... Até conhecer  a poesia que vive escondida nas ruas, nas comunidades e grupos que curtem este ritmo formado de métricas e rimas...

Dono de um estilo raro, ouvi com muito gosto e empenho para entender este novo conceito de música aos meus ouvidos tão acostumados as árias de Callas. Me peguei movendo o corpo e estalando os dedos e aos poucos, me soltando ao ritmo suave de MC Leytin. - O jovem garoto mineiro tem estilo, atitude e personalidade, porque, reparem, não é fácil rimar! Mais complicado ainda quando se rima em um *duelo de MC's, onde associam ao ritmo, a poesia, o tema e acima de tudo emoção, a muito improviso. 

Numa pesquisa rápida na internet, vi que este movimento cultural é grandioso demais, e ouvi outros rappers ou MC's... Mas fiquei fã do Leytin e sua voz serena, clara, sua mensagem tranquila entrando nos ouvidos e atingindo em cheio ao coração... numa baladinha (se é que se pode dizer assim) romântica e suave, quase uma melodie francesa... 

Daí me lembrei que recentemente, uma novela brasileira mostrou o funk melody que no Rio de Janeiro é conhecido como Bailes Charme, e o grande sucesso das canções que como chiclete ficaram por meses em nossas cabeças, a ponto do Rei Roberto Carlos também, com todo seu estilo, carisma e conhecimento de música, ter criado uma canção neste formato... E como esta estratégia de marketing, pode aos poucos ir mudando um conceito pré existente em toda uma população que acompanhou a novela - O Rei, foi esperto, disponibilizou parte da canção nas redes sociais e na chamada da próxima novela... Não preciso dizer do sucesso midiático que  a música "Esse cara sou eu" vem causando nas redes sociais...

Os franceses, fizeram da melodie uma canção arte, e eu me atrevo a dizer que este é o caminho do Leytin... Longe de chocar com os temas de violência e intimidatórias citações à politica pública: Falar de amor é o caminho mais sutil, verdadeiro e popular de se chegar  ao coração e as mentes das pessoas.

Na minha ignorância e na armadura imposta por minha geração que cresceu ouvindo os rebeldes Beatles, me vi na obrigação de me penitenciar com o movimento de rua, mas acima de tudo comigo mesma, que via a arte sem entender de fato a causa cultural, justa e tão importante quanto foi, na minha época as músicas de tantas bandas de rock que escutei e ainda ouço.

Percebi que juntamente com os grafiteiros que fazem dos muros sua tela, dos rappers que contam o dia a dia de suas comunidades em rimas cheias de verdade e sem cerimônia alguma pedem licença para serem os Mestres de Cerimônia de nosso destino, nosso acaso, nosso refrão de música, de bossa, de riso espontâneo ao ouvir algo inusitado...

Minha alegria de estar viva é saber que posso aprender a cada dia...E quebrar paradigmas, descobrir novos caminhos e sensações... "Poesia Melodie, fala ritmada não é falação, é argumento, é talento em improviso e muito sentimento"

A rua é nóiz mano.

Cau Oliveira.

domingo, 14 de outubro de 2012

A solidão dos amores não correspondidos...

Tenho um amigo apaixonado.

E em suas confidencias, chorosas por vezes, dramáticas por vezes, descabidas por vezes... Sinto-o amedrontado diante de sua sanidade. 

... E eu que me achava a brega mór nos assuntos do coração!!! - Ah! como é estranho e ao mesmo tempo cruel ver alguém que estimo tanto sofrer por um amor que não está sendo correspondido, e o que é pior, cruelmente a pessoa a quem ele tanto ama, brinca com seus sentimentos, joga-o num labirinto de palavras e ideias soltas, descabidas, desconexas... Num estranho mosaico de fragmentos.

Fico pensando: Estaria ele sendo feito de bobo nas mãos desta garota? Ou não seria este jogo um objeto de prazer para ambos - Afinal, jogos de amor são tão infantis e incoerentes quanto necessários....

Aos amantes da sedução, não basta o charme de um bom restaurante, um vinho e uma canção romântica em noite de luar, também é importante saber que incomodando você tem o outro ligado, ainda que de uma forma equivocada, preso pelo pensamento em torno de seus sentimentos. Sendo assim, o objetivo desta garota está sendo muito bem concretizado, não é mesmo???

De nada vai adiantar, meu amigo, nem versos e nem prosas, nem canções e nem loucuras apaixonadas - se ela não estiver pronta para receber tudo isso... Se ela não estiver pronta para entender seus arroubos alucinados.

Me pergunto se todos seres se tornam incoerentes quando apaixonados...  E se; se arrependem e correm atras de um amor, de um sonho, de uma certeza quando além dos dias, revendo seus valores, sentem-se insuportavelmente solitários...

Me lembrei do amor que tive e da chama que embora aqueça meus dias, já não queima mais, já não traduz tanto o que um dia sonhei para mim. E da dor e do peso da lápide deste sentimento.

O amor não correspondido tem esta peculiaridade, nos tornam seres insatisfeitos, inseguros e estranhamente queremos tudo que possa substituir um vazio que não tem fim, daí vamos caminhando de forma falsa pela vida, porque:

- De nada vai valer uma carreira bem sucedida, sem aquele sorriso lindo ao seu lado...

- De nada vai adiantar virar as noites sob a luz da lua, lendo ou ouvindo a música que um dia foi tão importante para os dois se ao seu lado a cama está vazia e fria... ou o que é pior, há sim alguém que não é quem gostaria.

- De nada vai adiantar os dias claros de sol, se além do horizonte das montanhas ou do céu que beija o mar, você está sozinho sem ter com quem compartilhar cada momento...

- De nada vai adiantar fechar os olhos na madrugada, chorando calado, por ter perdido a chance de ter mudado seu destino ainda que seu destino tenha sido o mais bem sucedido possível, se seu amor está longe do alcance de suas mãos...

Amor foi feito para estar ao lado num caminhar único, numa cumplicidade extrema... E é complicado quando ele se vai, ou deixa de estar unindo quem um dia tanto desejou estar ao lado do outro... E é mais complicado ainda quando depois de longa ausência você ainda se sente estranhamente preso naquela pessoa que te deixa louco pelas brincadeiras sem propósitos, pelos estranhos hábitos, pelos incontáveis erros, e pela certeza de que embora sua vida vire de ponta a cabeça é "ELA (E)" quem vai te fazer feliz pelo resto de seus dias.

Um brinde ao amor.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Quatro amores, amoras e crianças...



São quatro amores. Cada qual com seu jeito e sorriso, seu momento e sentimento, cada um deles, eternos em mim como o respirar e o pulsar dos dias.

São quatro amores com sabor de amoras maduras. Para cada letra do amor uma criança... Uma esperança de viver além de mim e neles me reconheço.

São quatro anjos de amor puro, que não se explica - É maior que tudo, é maior que a mim mesma. É vida.

E eu os amo tanto...

Feliz dia das crianças: Camila, Kyle, Camily e Gabriel...

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Rolinhos...

Casal se beijando no parqueAlguns dias atras encontrei com um ex namorado.

Não. Eu não fiquei abalada, sem graça ou sem saber onde enfiar as mãos.... Ele já está na categoria de amigo a longos anos e para minha surpresa, se candidatou (discretamente, é claro) à categoria de rolinho.

Se existe uma coisa que eu acho graça nos homens é quando eles envelhecem e começam a se sentir solitários... Ficam desesperados e partem para qualquer tipo de cantada na esperança de encontrarem uma paquera ou namorada. Até determinado ponto de suas vidas, a carreira, os amigos, o futebol, o carro, novamente a carreira e amigos, garotas, garotas e mais garotas são os assuntos mais interessantes... Nada de relacionamentos sérios e bem resolvidos, levar em casa  ou ir na casa da candidata é como se soasse um gongo interno dizendo "reprovada" - é hora de cair fora.

Claro que nem todos homens são iguais.- Tem homens que nasceram para casar, outros para conquistar!

No caso deste meu ex. Nasceu para conquistar. E faz isso com tremenda facilidade e desenvoltura, o danado!!!

Reencontra-lo me fez pensar nas possibilidades que trazem em si, os rolinhos... Na verdade, penso que os rolinhos são como um pré namoro, um período que você está ali conhecendo o outro sem saber ao certo se existem chances ou não de ir adiante. E que pode ser tudo de bom se ambos desejam uma relação leve, neutra, sem cobranças...

Se estamos pré dispostos a uma relação madura, equilibrada e estável, este rolinho dura muito pouco e parte logo para o namoro. Mas a ideia aqui é a do rolinho, da paquera descomprometida e descompromissada  dessas que a gente nem se preocupa muito, gostosas quando dá para encontrar, envolventes no tempo que tem que durar mas que se tornam perigosas quando uma das partes quebra este pacto e resolve se apaixonar, se envolver.... Daí, tudo desequilibra, se transforma e o caos se instala... Um quer o rolo, o outro quer namoro, resultado? Caos.

Rolinhos...rolinhos... caos...caos.

Agora: - E quando o namoro é para uma das partes uma espécie de pseudo-rolinho?
Aí, amiga, penso: - Caos...caos...caos.

Beijos e segura peão!

Cau Oliveira

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Impressões Fashion - Somos o que vestimos?

Hoje em dia parece que toda pessoa que tem um rosto bonitinho e um LV no armário, acha que sabe e pode falar de moda. Mas será que as impressões fashion que temos visto nos blogs e nas ruas das principais cidades espelham o que são realmente estas pessoas?

A moda estaria incorreta em absorver tantos estilos e tantas impressões?

Muito antes de se falar de Fashion Week e livros de moda e comportamento se transformarem em best seller, havia formações de grupos em áreas bem específicas, seja na joalheria como no vestuário e toda a aparente criatividade brasileira era espelhada no que acontecia nas ruas de NY, Paris, Madrid... As marcas mais consagradas como Prada, Chanel, Armani, chegavam aqui apenas em revistas e uma parcela muito pequena tinha acesso, realmente, a produtos "de marca".

Quando Clodovil faleceu, me lembro que foi uma grande surpresa saber que algumas das suas famosas malas e bolsas LV eram cópias perfeitas!!! Não eram originais. Mas quem iria duvidar que um costureiro famoso como ele, que tinha uma postura tão exacerbada em relação ao estilo e elegância como ele poderia usar algo que não fosse legítimo? Mas usou. E desfilou finamente em seu programa diário na televisão, com bolsas genéricas.

Somos o que vestimos? Somos o que queremos ou o que as pessoas querem que sejamos?

Estilo é tudo aquilo que vamos amealhando ao longo de uma vida... E isso inclui cultura, gostos, afinidades com uma marca ou um determinado produto são apenas apetrechos que vão dando um alto relevo a sua essência  ao que você é realmente. Se você é autentico, pode usar uma bolsa de grife genérica que todo mundo vai jurar que é autêntica, isso porque é apenas um produto e o que importa é você!

Hoje estive com as Meninas Furb's. Na verdade eu já as conheço. Acontece que hoje, recebi um mimo muito carinhoso da Michelle e isso não tem preço, não tem marca que se copia, de tão autêntico que foi, de tão espontâneo que foi... Um carinho, um gesto que mostrou seus valores e toda sua elegância!

E elegância é o ápice do estilo.

Um beijo carinhoso Meninas Furb's! Sucesso sempre!

Cau Oliveira