terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

O que aconteceria se sua “vaquinha” morresse?

No final do ano passado recebi um e-mail do amigo e palestrante Márcio Okabe. Um texto singelo mas cheio de questionamentos, e por incrível que possa parecer, repassei este e-mail a vários amigos e parentes, desejando que em 2012, todos eles "matassem sua vaquinha". Muitos não acreditam na força que tem o destino. Eu acredito. E hoje, meu irmão se lembrou desse texto e aplicou brilhantemente na nossa vida atual. Sem que nos dessemos conta, o destino está nos fazendo empurrar a nossa vaquinha morro abaixo! Cabe-nos nos preparar para o que está por vir. Compartilho com todos este texto, desde já agradecendo o amigo Márcio Okabe e dando ao mesmo todos os créditos. O que aconteceria se sua “vaquinha” morresse? Um mestre da sabedoria passeava por uma floresta com seu fiel discípulo, quando avistou ao longe um sítio de aparência pobre e resolveu fazer uma breve visita. Chegando ao sítio, constatou a pobreza do lugar. Os moradores eram um casal e três filhos, vestidos com roupas rasgadas e sujas. O mestre, então, aproximou-se do senhor, aparentemente o pai daquela família, e perguntou: - Neste lugar não há sinais de pontos de comércio e de trabalho. Como o senhor e sua família sobrevivem aqui? E o senhor respondeu: - Meu amigo, nós temos uma vaquinha que nos dá vários litros de leite todos os dias. Uma parte desse produto nós vendemos ou trocamos na cidade vizinha por outros gêneros de alimentos, a outra parte nós produzimos queijo e coalhada para nosso consumo, e assim vamos sobrevivendo… O sábio agradeceu, contemplou o lugar por uns momentos, despediu-se e foi embora. No meio do caminho ordenou ao seu discípulo: - Pegue a vaquinha, leve-a ao precipício ali na frente e empurre-a. Jogue-a lá embaixo! O jovem arregalou os olhos, espantado, e questionou o mestre sobre o fato da vaquinha ser o único meio de sobrevivência da família. Mas, como percebeu o silêncio absoluto do mestre, foi cumprir a ordem e viu a vaquinha morrer. Um dia ele resolveu largar tudo o que tinha aprendido e voltar naquele mesmo lugar e contar tudo àquela família. Pedir perdão e ajudá-los. Assim o fez, e quando se aproximava do local, avistou um sítio muito bonito, com árvores floridas, todo murado, e algumas crianças brincando no jardim. Ficou triste e desesperado, imaginando que aquela humilde família tivera que vender o sítio para sobreviver. Foi recebido por um caseiro, e então, perguntou sobre a família que ali morava há uns 4 anos e o caseiro respondeu: - Continuam morando aqui. Espantado, ele entrou na casa e viu que era a mesma família que visitara antes com o mestre. Elogiou o local e perguntou ao dono da vaquinha: - Como o senhor melhorou esse sítio e está tão bem de vida? E o senhor respondeu: - Nós tínhamos uma vaquinha que caiu no precipício e morreu. Daí em diante, tivemos que fazer outras coisas e desenvolver habilidades que nem sabíamos que tínhamos. Assim alcançamos o sucesso que seus olhos vislumbram agora!" Todos nós temos uma vaquinha que nos dá alguma coisa básica para sobrevivência e uma convivência com a rotina. Descubra qual é a sua e tenha coragem para empurrar sua vaquinha morro abaixo e construir algo de novo! Sem desafios não há conquistas! Fonte: Blog do Marcio Zeppelini

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Chuteiras e Salto Alto

Ontem estive na confraternização da torcida do América MG, lá no bar da Sandrinha. Era para ser um dia de festa e de reencontros. Momentos de descontração e de louvores ao nosso time que comemora seu centenário. E seria mesmo, se não houvesse acontecido um stress entre um torcedor atleticano e torcedores alvi-verde-negro. Em primeiro lugar e acima de tudo sou americana com honra e orgulho. E tenho muito que agradecer a todos os títulos e glórias que me abriram portas, me fez conhecer muita gente e aprender muitos ensinamentos. O América Mineiro fez e faz parte dessa minha trajetória desde criancinha, quando meu pai era jogador de futebol de campos de várzea, quando a bola e o amor ao escudo era o maior sucesso na história de um homem apaixonado pelo futebol e suas chuteiras. Mudanças sempre acontecem e acredito que são elas que impulsionam o ser humano a ser melhor e construir a sua história de sucesso. A torcida americana tem todos os motivos para se orgulhar e seguir adiante com seus novos projetos, seja eles de confraria, solidariedade ou de valorizar nosso manto. São estas novas histórias e estes novos torcedores que irão de alguma forma retratar nossa história como uma torcida feliz e rica de valores e ética. História escrita no tom verde da esperança sob o branco maculo da paz e da ordem. Que possamos ser vencedores no desejo comum de sermos dignos e reconhecidos como a elite do futebol mineiro e nacional. Somos poucos e nos reconhecemos pelos gestos de integridade moral e emocional, somos como uma família e nos reconhecemos como tal. Pouca gente pode contar histórias como as que um torcedor americano pode contar, poucas pessoas têm a bagagem esportiva, cultural e social como a que nosso hino inflama. Acho que o futuro chega pra todo mundo, e para o América está chegando agora. Estamos mais amadurecidos, mas centrados, mais confiantes, e nem por isso, menos apaixonados. E por isso mesmo, quando eu pensar na torcida do meu time, vou pensar no que eu vi ontem – gente feliz, animada, sorrindo, se cumprimentando, se reconhecendo. Não quero me lembrar, e não tenho vontade nenhuma de me lembrar, do solitário e infeliz torcedor atleticano que apareceu por lá no desespero de provar para si mesmo os valores que seu time possui. Não quero e não vou me lembrar, do solitário e infeliz americano que numa atitude ingrata achou que como num bang bang as avessas resolveria tudo a bala. Tiros não comemoram e nem alegram uma torcida. Lembranças felizes sim. Que eu e todas as mulheres desta linda torcida feminina, possamos continuar a irmos tranqüilas ao estádio e as confraternizações, lindas e de salto alto. Que possamos continuar ser tão felizes e vencedoras no amor, como somos no futebol. Até a próxima pessoal!

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Entre Vinhos e Amigos – Parte VI – Syrah

Syrah ou Shiraz é uma casta de uva tinta originária da Pérsia e foi trazida ao ocidente pelos fenícios para a cidade francesa de Marselha e, daí, para a região do rio Ródano no sul da França. Também é cultivada em países como a Austrália (onde é chamada Shiraz) e países sul americanos como a Argentina,Chile (onde é chamada Shiraz) e para minha agradável surpresa a uva Syrah foi introduzida no Brasil, nas regiões vinícolas do Vale do São Francisco, e também no sul do estado de Minas Gerais. A Syrah é uma uva que de acordo com a região onde é cultivada é capaz de produzir alguns dos mais exóticos e encorpados tintos.Quando plantada em clima frio, seus vinhos são mais simples e frutados, predominando aromas de ervas, pimenta e framboesa. Segundo especialistas, os melhores vinhos são de Hermitage e Côte Rôtie. Ao sul, na região do Chateauneuf-du-Pape, a Syrah é mesclada com várias outras cepas na produção do vinho, principalmente com a uva do tipo Grenache. Sem muito alarde Syrah é um desses vinhos que traduzem a alma do bom amante. É desafiador bebe-lo. Aroma discreto sem grandes atrativos. Na boca mostrou uma certa seriedade e austeridade, encorpado, acidez acentuada com final refinado em que aparece o as especiarias típicas da casta mostrando ser um vinho de qualidade que precisa de tempo para se mostrar. Assim como o Tempranillo, merece ser decantado. Encorpado, impactante e de uma personalidade muito própria e diferenciada de todos os outros vinhos tomados já mencionados. Taninos finos presentes , aveludados, potente e elegante. Entre amigos. Impossível degustar um bom Syrah sem ouvir uma boa música e filosofar... Ele intuitivamente nos transporta a isso! É um vinho exótico,charmoso, demorado, elegante... Merece ser acompanhado a carnes de corte nobre e também queijos de sabor mais apurado. Minha experiência com o Syrah foi solitária, intuitiva e apaixonadamente sincera... como toda relação tem que ser. Créditos da imagem: http://pt.wikipedia.org/wiki/Syrah

Entre Vinhos e Amigos – Parte V – Merlot

A Merlot é uma das castas viníferas mais cultivadas no mundo e detêm enorme prestígio entre as varietais e assemblages, para ambos os casos, ela dá origem a vinhos mais redondos, aveludados e estruturados. Normalmente, o tempo de guarda é bem vindo para essa uva, porém, seus vinhos podem ser degustados mais jovens. Quando em corte, ela é responsável por arredondar, harmonizar e dar mais elegância ao conjunto. Vale a pena lembrar que a Merlot durante muito tempo era conhecida apenas como "a outra tinta de Bordeaux", isso porque a Cabernet Sauvignon reinava absoluta. Com a chegada dos vinhos do novo mundo (principalmente os chilenos, californianos, sul africanos, australianos, dentre outros) conquistou seu espaço e fama. Uva misteriosa, os primeiros registros oficiais são muito recentes, apenas de 1784 em Bordeaux (Cotes de Libournais). Na Itália (Vêneto) ela é mencionada apenas em 1855 com o nome de "Bordò". Segundo alguns estudiosos, seu nome "Merlot" ou "Merlau" provem de uma pássaro chamado "Merle" que costumava se deliciar com seus doces cachos. A Merlot é uma casta que apresenta cachos de tamanho médio, de maturação rápida, resultando num vinho rubi-violáceo quando jovem, evoluindo para um rubi-atijolado. Na boca, a principal característica é a textura macia, sedosa e aveludada; com acidez e álcool equilibrados em corpo médio; e taninos redondos. Os aromas mais presentes são os de frutas pretas. Entre amigos. Tive o prazer de degustar este vinho em excepcional harmonização com risotos, massas e saladas rústicas em companhia de amigos em almoços memoráveis, idos anos de 2009/2010. Recentemente, para minha surpresa, degustei junto com meu amigo e confrade, Mateus Pedrosa, um Merlot da casa Salton de muito boa qualidade. Sim amigos, nossas vinícolas nacionais estão se superando a cada dia. Alguns exemplares de boas safras: Concha Y Toro Merlot Frontera (2008), Marcus James Merlot (2007), Concha Y Toro Casillero del Diablo Merlot (2009) Créditos da imagem: http://pt.wikipedia.org/wiki/Merlot

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Entre Vinhos e Amigos - Parte IV - Tempranillo

Olé! Quem venha el Tempranillo. Considerada uma variedade vinífera nobre, falar desta uva e das sensações que este vinho proporciona é sentir-se definitivamente na Espanha. O Tempranillo é uma uva de tamanho médio, casca espessa e muito escura. Produz vinhos com teor alcóolico entre 10,5 e 13%, acidez equilibrada e bastante propícia para o envelhecimento em barris de carvalho. Também conhecida como a uva clássica de Rioja, mas possui diferentes nomes pelo mundo; mesmo na Espanha, seu próprio país:Tinto Fino e Tinta del País em Ribera del Duero, Ull de Llebre em Penedés, Cencibel em Valdepeñas e também conhecida como Grenache de Logrono, Tinto de Toro e Tinto Madri. A Tempranillo produz vinhos de cor profunda, estruturados, elegantes e complexos. O uso de barris de carvalho, produz um aroma pronunciado, porém suave, de baunilha, o que caracteriza a maioria dos vinhos tintos espanhóis, é intrínseco ao seu estilo. Os vinhos de Tempranillo são extraordinariamente finos e muitos de excepcional qualidade, comparáveis aos melhores do mundo. Estes últimos possuem o mágico poder de despertar paixões ao primeiro gole. Já há conhecimento de boas safras produzidas na Argentina, Chile e também na Austrália, onde os vinhedos desta cepa tem aumentado consideravelmente, mas meu amigo, se quer mesmo sentir o sabor de um vinho de corpo leve, taninos que explodem em exuberância no palato, DECANTE-O. Sim. O Tempranillo é do tipo de vinho que precisa ser decantado para que alcance sua plenitude. Entre amigos Para quem gosta de um vinho definitivo e que não quer nada suave demais, ou seco demais, o Tempranillo é o vinho ideal. Tem alta qualidade e performance, tanto para quem já iniciou nos prazeres de Baco quanto para quem está a conhecer mais sobre esse misterioso e delicioso universo. Tempranillo é marcante. Envolvente. Sedutor. Ou seja, sem meias palavras, como bom espanhol, ele diz pra que veio. Olé! Créditos da imagem: http://pt.wikipedia.org/wiki/Tempranillo

Entre Vinhos e Amigos - Parte III - Pinot Noir

A rainha das uvas tintas. De casta é vigorosa, apresenta cachos pequenos e de cor violeta profunda, os seus bagos também são pequenos, redondos, delicados e de casca fina. Tem características muito próprias e grande personalidade, bem diferente da Cabernet Sauvignon, Merlot, Syrah e outras uvas. Os bons vinhos de Pinot Noir - principalmente os melhores Borgonhas - primam pela elegância, finesse e complexidade, com um maravilhoso e sutil aroma. Em nenhum lugar ela atinge o nível de qualidade e o estilo de sua terra natal, a Borgonha. Pinot Noir é tão exclusiva quanto temperamental; sua estrutura é bem mais delicada, o que pode decepcionar alguns paladares menos preparados. Os Pinot Noir são mais discretos em sua doçura e potencia. Definitivamente não é um vinho para iniciantes, seja pelo preço, seja pelas sensações que provica na boca. A Pinot Noir é ainda mais fascinante ao ser degustada, lembra quando jovem, frutas vermelhas, rosas e violeta; maduro, transmite uma sensação mais marcante e elegante, com acidez, taninos e álcool bem equilibrados e discretos. Entre amigos. Eis um dos vinhos que ainda terei o prazer de degustar em boa companhia e espero que seja em breve! Até a próxima taça. Fonte da imagem: http://pt.wikipedia.org/wiki/Pinot_noir

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Entre Vinhos e Amigos – Parte II – Cabernet Sauvignon

A rainha das uvas escuras. É resultado do cruzamento entre as uvas Cabernet franc e Sauvignon blanc, é uma das uvas mais apreciadas e o vinho mais consumido no mundo! Não é atoa que o cabernet souvignon se tornou tão popular, qualquer produtor no mundo que queira começar sua plantação de uva, ou como na Itália (que é bem comum de se ver) ter sua própria fabrica de vinhos, há de se encontrar no parreiral, uma boa matriz da cabernet sauvignon. Uva gostosa de degustar e deliciosa de beber o seu suco ou vinho. Tem a pele mais grossinha e pouca polpa, mas não se iluda meu amigo, seu sabor é incrivelmente marcante! Sua história é rica. Foram detectados, através de exames de DNA, vestígios da variedade datados de 6.000 a.C., na região da Península dos Balcãs, mais precisamente onde hoje se situa a Bósnia-Herzegovina. Porém, seu cultivo começou com os povos fenícios, que levaram essa variedade à toda costa do mediterrâneo, de onde se espalhou para o restante da Europa. A videira e o vinho tinham grande importância aos Fenícios, que utilizavam a bebida para amenizar o cansaço das viagens marítimas, característica marcante desse povo. Seu vinho é seco, com aromas que vão dos frutados como o cassis e a cereja ao cravo, menta e cendrinho. Tem porte elegante na taça e no decanter... sua coloração é um vermelho intenso de fundo violáceo, lindo! Na boca, traduz uma harmonização forte e madura, quase masculina, devido aos taninos que são bem mais apurados do que no Carménère. É um vinho aberto, de aroma suave, que acompanha bem a quase tudo que você desejar comer. Entre amigos. Degustei algumas boas safras do vinho Gato Negro de produção chilena e também argentina (viva os 100 dias de palomas!!!) dentre as degustadas, considero a de 2003 e 2008 as melhores. Também gostei muito dos sul africanos, que felizmente estão com preços mais justos aqui no Brasil,por isso, vale lembrar que as uvas cabernet sauvignon são produzidas no mundo inteiro e em cada terroir tem sua característica e maturação. Para quem vai degustar e quer aprender um pouco mais sobre vinhos, vai ai uma dica; - O fato de ser um vinho eclético nos permite degustá-lo jovem ou não; tudo depende da região e do estilo do vinho que o produtor quis apresentar. O tempo de guarda está diretamente relacionado ao estilo do produtor ou região, em linhas gerais: de 05 a 10 anos (vinhos mais simples), de 10 a 15 anos (australianos), de 10 a 20 (californianos) e mais de 30 anos (tops de Bordeaux). Créditos de imagem e fonte de inspiração: http://pt.wikipedia.org/wiki/Cabernet_Sauvignon Outra fonte consultada: http://www.guiadovinho.com.br/leiamais.php?id=112

Entre Vinhos e Amigos - Parte I - Carménère

Sou fã da uva carménère. Ela é uma cepa sobrevivente. Em meados do século XIX houve uma praga nas vinícolas européias (principalemente as francesas, onde é sua origem) dizimando por completo essa uvinha de inconfundível nobreza de sabor e cor preto azulado. Foi redescoberta no chile lá pelos anos 70, e era considerada como uma uva de pouco valor e de maturação tardia, entre os vinhedos de Merlot. (Outra espécie de uva que falaremos mais a diante). Ter a Cordilheira dos Andes de um lado, o oceano Pacífico do outro, o Deserto de Atacama ao norte e os glaciais ao sul fizeram um escudo natural para que esta varietal adaptasse tão bem ao Vale do Colchagua onde está seu maior cultivo. Entre amigos, tive o prazer de beber este vinho em várias situações. Criando algumas peças de arte ao lado do meu amigo e irmão Lucas Siqueira; filosofando sobre a vida e também sobre a cabala com Mateus Pedrosa e até mesmo casa ouvindo uma boa música e produzindo meus artesanatos... O carménère demonstra-se um vinho gostoso de beber.Semi-seco. Deve-se consumi-lo ainda jovem, quando o tanino ainda está macio; na taça ou no decanter desnuda-se numa cor lilás forte, aroma suave e sabor persistente. Acompanha bem com massas e petiscos o que favorece muito as confraternizações informais. Créditos da imagem: http://pt.wikipedia.org/wiki/Carm%C3%A9n%C3%A8re

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Abrindo Alas para o Carnaval Passar.

Sobre a 22a Caminhada Alcoológica.
Fazem exatamente 16 anos que acontece, na véspera do carnaval, a tradicional Caminhada Alcoológica que reúne moradores, ex moradores, amigos e vizinhos do bairro Nova Floresta. Esta caminhada já teve percursos inusitados, como por exemplo, Belo Horizonte/ Sabará. Este ano porém, concentrou-se e saiu do Bar do Rocha, seguindo em alegre caminhada pelas ruas dos bairros Nova Floresta, Renascença, Silveira e Ipiranga. Com paradas estratégicas para descanso de alguns foliões que inspirados na vitalidade do Senhor Roberto (Bar do Rocha) seguiram apitando pelos quatro quilômetros do trajeto. O Bar do Rocha foi escolhido por ser tradicional reduto de moradores e amigos de várias gerações. Seja para assistir a uma partida de futebol quanto para tomar uma cerveja gelada e por os assuntos em dia, e de acordo com Adilson Dutra, um dos responsáveis pela organização e também um dos mais animados na caminhada, “O objetivo da mesma e a perspectiva de outras caminhadas para ainda acontecerem em 2012 são sempre de unir e contar com a participação de todos em um ambiente agradável para dentro de uma proposta de socialização também ajudar a quem precisa.” Para acontecer este evento, há a necessidade de patrocinadores, e os jovens empresários Alexandre Oliveira (Setembro.net), Vinícius Queiróz (Star Jóias e Relógios) estiveram presentes e disseram, unânimes que a ação solidária foi um dos motivos mais bem vistos por eles, além de poderem rever os amigos durante a confraternização. Neste ano o “saldo foi bastante positivo, pois a grande capacidade de articulação, de forma voluntária, através das redes sociais, influenciou no capital social e humano na apresentação de diferentes segmentos participantes, sejam como colaboradores ou apenas comprando os kits de camisa e copo, de forma a ajudar a quem precisa. O fato é que numa alegria sem igual, a 22ª Caminhada percorreu pelas charmosas ruas da região Nordeste, capitaneadas pelo ilustre Roberto Rocha, abrindo alas para o carnaval chegar.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Hoje.

Uma dor sentida e insistente me machuca a alma. Parecida com aquelas chuvas fininhas de final de primavera... Daquelas que não molham no começo, mas de tão constante, encharca o solo, invade a calçada, derruba árvore... Dor que me corrói aos poucos, feito bicho carpinteiro que vai construindo sua trilha na madeira oca e estérea. Vou ficando assim, doida e sentida, morrendo meus sonhos por dentro, vou sorrindo para o mundo que me rodeia. Hoje queria o colo de Deus pessoalmente. Porque por ser sua filha talvez eu deva merecer, talvez eu deva... É engraçado quando as coisas ditas ruins acontecem, aquelas que a gente espera e sabe que um dia irá chegar, mas que no fundo acha que vai morrer sem ver acontecer... E elas chegam. Chegam e ponto. Cresci sabendo que uma parte da minha história seria acrescentada logo à frente. Tal qual bônus por participação, brinde por ter nascido... E eis-me aqui, sem rumo, mas agradecida pela oportunidade que a vida me dá de novamente aprender com a dor. Sem um centil de certeza se estarei firme quando aqueles que mais amo precisarem, mas aqui. Plena, com meus joelhos dobrados orando, com minhas lágrimas alinhavando meu rosto, com meu coração quebrantado, e meus braços abertos oferecendo o que ainda sobra de uma mulher, de uma menina, de uma essência. Que Deus nos ajude e nos ampare, agora e sempre. Cláudia

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Freyr, the lord of the elves.

Vou te contar um segredo. Eu tive príncipe elfo. E no meu jardim de contos de fadas, era o mais belo de todos os seres mágicos. Habitou em meu jardim secreto e me protegia – Eu me sentia imortal diante dele. E cada vez que eu o encontrava, acredite, minha vida soava como música, numa breve e tranqüila celebração de amor e felicidade. Foi tão terno e delicado que mesmo sendo breve, foi encantado. Há uma antiga lenda que diz que se alguém espalhar folhas secas de escambroeiro ou espinheiro-cerval em um círculo e dançar dentro dele sob a lua cheia aparecerá um elfo. Eu sei, porque ele apareceu para mim e me abençoou – Agora antes que ele fuja para outro jardim encantado, preciso pedir: – devolva-me a chave que abre o meu coração. Atenda ao meu desejo. E lá fora, numa noite calma, num céu cheio de estrelas irei ouvir o som de um cantar, sob a luz de um olhar que me trará a lembrança em minha alma cansada – a doce e calma alegria contida no olhar de meu príncipe elfo. Talvez neste momento eu conte novamente a mística lenda de um príncipe nórdico, de beleza rara e diferente de tudo e de todos os homens que povoaram esta terra, um príncipe que dançou para mim e me abençoou com um manto de estrelas, sob a luz alva da lua cheia.