quinta-feira, 23 de agosto de 2012

APARENCIAS, NADA MAIS…


Publicado originalmente em 21 de junho de 2011 

Há talvez uns três ou dois anos atrás eu realmente acreditava que tinha conquistado amigos para toda uma vida e que o amor era como ganhar na loteria. Quem me conhece sabe o quanto sou otimista com uma série de coisas, mas estar no início dos 40 não é muito legal para uma mulher que absolutamente não se sente neles… rsss. Assim de uma forma distorcida, por falta de motivação, fui movimentando a roda de minha vida da melhor maneira possível.

Sorrir e demonstrar alto confiança chega a ser constrangedor nessas circunstancias, não é mesmo? Tente sorrir diante do espelho pensando em suas carências, seus medos mais profundos, suas mágoas mais sentidas e seus pseudos realismos. Não é uma tarefa fácil, o sorriso fica parecendo uma careta. Eu fiz várias vezes isso… E ria de mim mesma! Afinal, o que eu estava querendo provar ali, diante do espelho?

Vivemos em um mundo de aparências. Isso é tudo que posso dizer sobre isso. Eu com meu terror dos 40, o que parece significar a perda de qualquer aparência onde eu me reconhecia como gente. De frente para o espelho na verdade eu queria me preparar para estar de frente para alguns?  A resposta é: – Tente não fazer careta mais do que sorrir.

De alguma forma a alegria sempre esteve presente, e estará. A gente distorce tudo por apavorar-se e de uma forma equivocada damos de frente com a falta de motivação ou com o excesso dela como uma forma de fuga.

Neste final de semana, reencontrando com os amigos eu vi o quanto é complicado viver e ser autêntico num mundo que requer tanto de nossa aparência. E a complexa arquitetura que constrói o nosso eu, que nos torna únicos e não uma massa de iguais e por isso mesmo diferente nas opções de escolha e aceitação. É  isso o que finalmente me levou a repensar no que nos movimenta, nos faz ser único aos os olhos do outro e diante do espelho. O que nos move na trilha da felicidade… Viver é tão conflituoso, não? – Talvez seja apenas bastante complicado, mas estou confiante de que não possa ser a única a pensar assim.

Para GUTO, ELIAS, MATEUS, SIL E HUMBERTO.

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